Motorista acusado de estuprar mulher em ônibus de Campina Grande é posto em liberdade


Homem vai poder responder a ação em liberdade por ser réu primário e ter endereço fixo e conhecido. Ele não poderá se aproximar ou tentar entrar em contato com a vítima. Imagens de câmeras de segurança de lojas próximas à Feira Central de Campina Grande mostram a jovem dentro do ônibus vazio Arquivo pessoal/Jairo Tadeu Foi posto em liberdade no final da tarde desta quarta-feira (15) o motorista acusado de ter estuprado uma mulher dentro de um ônibus de transporte público de Campina Grande. Ele segue respondendo ao processo, que tramita na 2ª Vara Criminal de Campina Grande, mas agora poderá responder ao caso em liberdade. O caso aconteceu em 30 de janeiro e no dia 1º de fevereiro a prisão preventiva foi decretada. Agora, a justiça entende que, pelo fato de o motorista ser réu primário e ter endereço fixo e conhecido, ele pode ser colocado em liberdade provisória. A decisão judicial atende a um pedido do advogado Thiago Araújo da Silva, que defende o motorista. O advogado do motorista disse também que acredita na inocência de seu cliente e que provará isso no decorrer do trâmite judicial. “A decisão do juiz foi publicada nesta terça-feira (14) e nesta quarta-feira (15) ele foi posto em liberdade”, explicou Thiago. Pelo lado da vítima, o advogado Jairo Tadeu explica que a decisão do juiz de colocar o motorista em liberdade não altera em nada o curso da ação. Jairo admitiu que a revogação da prisão preventiva aconteceu “extremamente dentro da legalidade”, já que de fato o acusado não se enquadrava nos casos previstos para a manutenção da prisão nessa fase processual, mas lembrou que o juiz impôs como condições à liberdade o fato do réu não se aproximar nem tentar nenhum tipo de contato com a vítima. “Neste momento, a gente não tem como contestar a decisão do juiz”, explicou. Ainda assim, ele destaca que vai seguir no caso e que vai reunir as provas necessárias para a condenação do réu. Entenda o caso O motorista de ônibus foi preso em flagrante na manhã de 30 de janeiro deste ano suspeito de estuprar uma mulher de 18 anos dentro do veículo, em Campina Grande. O crime teria acontecido quando a jovem era a única passageira dentro do ônibus. Segundo informações da Polícia Civil, a vítima disse em depoimento que não houve violência física, como tapas, mas que foi coagida e forçada a praticar sexo oral no homem. O motorista nega o caso. Por meio de seu advogado, Jairo Tadeu, a vítima relatou que estava voltando de um curso profissionalizante e era a única pessoa dentro do ônibus quando o motorista parou no ponto final da linha, próximo à Feira Central, e cometeu o estupro. Ele teria descido pela porta dianteira e entrado novamente pela porta traseira, ido até a jovem e sentado no banco ao lado dela. Ela relata ainda que o homem tentou conversar com ela, perguntando de onde ela vinha e para onde estava indo. Depois de tentar uma aproximação, ele começou a abraçá-la beijá-la à força. Logo depois, o motorista teria ordenado que ela fosse para o último banco do ônibus, na parte traseira do veículo. Com medo de mais violência, a jovem obedeceu. Foi quando ele abaixou as calças e forçou a jovem a praticar sexo oral. Toda a ação teria durado entre 15 e 20 minutos, o tempo que imagens de câmeras segurança mostram o ônibus parado no ponto final, de acordo com o advogado. Depois de toda a ação, ele voltou ao banco do motorista e seguiu com a rota do ônibus. Com a ajuda de um tio que esperava a mulher em sua parada, ela foi até a delegacia e denunciou o crime. O motorista foi levado à delegacia e depois encaminhado para fazer exame de corpo de delito. Na época, o advogado do motorista informou que durante a pausa de 20 minutos o homem teria descido do ônibus, tomado um café e retornado ao veículo para seguir com a rota. O advogado acrescenta também que durante toda a vida profissional o homem jamais teve problemas dessa natureza e que está reunido provas que comprovariam a inocência do cliente. O caso já foi investigado pela Polícia Civil da Paraíba e depois encaminhado para o Ministério Público da Paraíba, que por sua vez ofereceu denúncia à Justiça. Como denunciar Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones: 197 (Disque Denúncia da Polícia Civil) 180 (Central de Atendimento à Mulher) 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar - em casos de emergência) Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e IOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail. Vídeos mais assistidos da Paraíba
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