Entenda o que é câncer de pâncreas, doença que causou morte de Manoel Júnior, prefeito e ex-deputado federal


Segundo o Inca, o câncer de pâncreas é um dos que mais mata no país. O câncer é mais comumente diagnosticado a partir dos 60 anos de idade. O câncer é mais comumente diagnosticado a partir dos 60 anos de idade e cerca de 10% a 15% dos casos decorrem de fatores hereditários. Getty Images via BBC O câncer de pâncreas, que causou a morte do prefeito de Pedras de Fogo e ex-deputado federal Manoel Júnior, é um dos que mais mata no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). As altas taxas de mortalidade têm relação com os sintomas tardios e a agressividade do quadro. O Inca estima que, em 2023, serão diagnosticados 10.980 casos. Manoel Júnior estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, e morreu na terça-feira (28). Em 90% dos casos, o câncer de pâncreas se manifesta como uma adenocarcinoma, um tumor que se origina no tecido glandular. Podendo afetar todas as outras partes do órgão. LEIA TAMBÉM: Por que câncer de pâncreas entrou para a lista dos que mais matam no Brasil Os sintomas de câncer de pâncreas que muitas vezes passam despercebidos Raramente é diagnosticado antes dos 30 anos mas se torna mais comum a partir dos 60. E com o avanço da idade, os casos de câncer de pâncreas aumentam. De 10 a cada 100.00 habitantes entre 40 e 50 anos para 116, entre 80 e 85 anos, segundo a União Internacional para o Controle de Câncer (UICC). Manoel Júnior em 2020 em sua última campanha eleitoral, quando foi eleito prefeito de Pedras de Fogo Instagram/Reprodução De acordo com o Inca, entre 2011 e 2020, as mortes por ano relacionadas a essa enfermidade saltaram de 7,7 mil para 11,8 mil. O dado representa um incremento de mais de 50%. O Inca calcula que em 2020 essa doença matou 5.882 homens e 6.011 mulheres. Isso faz com que esse tumor seja o sétimo mais mortal para eles e o quinto para elas. Mortes por câncer de pâncreas no Brasil subiram mais de 50% na última década, mostram as estatísticas. Getty Images via BBC Fatores de risco Segundo o Inca, os fatores de risco para o câncer de pâncreas se dividem entre os hereditários e os não hereditários. O primeiro grupo responde por cerca de 10% a 15% dos diagnósticos, e nessa lista aparece histórico familiar, além de síndromes como a pancreatite .Já entre os não-hereditários, destacam-se a obesidade, falta de atividade física, tabagismo e diabetes mellitus, além de exposições a substâncias tóxicas. Outro fator que contribui para o desenvolvimento do câncer de pâncreas são os hábitos inadequados da população, como explica o médico Duílio Rocha, diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, que as gerações vindas depois dos anos 1970 passaram a consumir mais alimentos ultra processados e ricos em gorduras saturadas e o aumento dos casos de sedentarismo e obesidade. Todas essas alterações estão relacionadas a um aumento geral de enfermidades crônicas não transmissíveis, como a hipertensão, o diabetes e diversos tipos de câncer, como o que acomete o pâncreas. Sintomas do câncer de pâncreas e prevenção O câncer de pâncreas tem como principais sintomas: Fraqueza Perda de peso Falta de apetite Dor abdominal Urina escura Olhos e pele de cor amarela Náuseas Indigestão Dores nas costas Segundo o médico Duílio Rocha, os sintomas do câncer de pâncreas só costumam aparecer numa fase avançada e são muito genéricos, ou seja, se confundem com uma série de outras enfermidades possíveis. Exames de imagem, como ressonância magnética e ultrassonografias convencional ou endoscópica, são as principais formas de se detectar a doença. De acordo com o Inca, a melhor forma de prevenir esta comorbidade é ter um estilo de vida mais saudável, evitar a exposição ao tabaco tanto de forma passiva ou ativa, praticar exercícios físicos e ter uma dieta saudável, evitando o consumo de álcool. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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