Mulher que matou filha a facadas vai a júri popular em JP nesta segunda e pode pegar até 30 anos de prisão
Eliane Nunes da Silva será julgada a partir desta terça-feira (11) pelo crime de homicídio qualificado contra sua filha de apenas um ano de idade. O crime aconteceu no dia 26 de outubro de 2023, na casa da vítima, no Bairro Ernesto Geisel, na Capital da Paraíba. A ré confessou o assassinato e pode pegar até 30 anos de prisão, caso seja condenada.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Eliane matou a filha por motivo fútil, com extrema crueldade e impossibilitando a defesa da criança. A vítima foi golpeada 26 vezes com uma faca peixeira, após a ré receber uma mensagem do companheiro terminando o relacionamento.
O crime chocou a comunidade pessoense e será julgado pelo 2º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa. A pena para o homicídio qualificado varia de 12 a 30 anos de reclusão, além de multa.
Conforme a investigação, Eliane agiu com premeditação e frieza. Após receber a mensagem do companheiro, ela se armou com uma faca e foi até o quarto da filha, que dormia em um berço. Em seguida, desferiu o primeiro golpe nas costas da criança, que começou a chorar.
Mesmo com os gritos da filha, Eliane continuou o ataque e a esfaqueou outras 25 vezes, nas regiões do abdômen, costas e pescoço. A perícia constatou que a bebê apresentava 10 perfurações no abdômen, duas no pescoço, duas na face, três nas costas, uma na lombar e sete na região lombar direita.
O homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, cometido por ascendente (mãe) contra descendente menor de 14 anos, é considerado crime hediondo.
Isso significa que Eliane não terá direito a fiança, graça, anistia ou indulto, caso seja condenada.