Barbárie de Queimadas: familiares de vítimas querem mentor de crime em presídio federal

Um crime bárbaro. Prisões, julgamentos, condenações, fugas e recaptura do mentor. Os familiares de Izabelle Pajuçara e Michelle Domingos, vítimas que morreram no estupro coletivo de Queimadas, no Agreste da Paraíba, solicitaram à Justiça que Eduardo dos Santos Pereira seja transferido diretamente para um presídio federal. O mentor do crime foi preso esta semana em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, após mais de três anos foragido do Presídio de Segurança Máxima de João Pessoa, conhecido como PB1.

De acordo com a petição judicial, as famílias vivem assustadas e acreditam que ele tentará fugir novamente se for encaminhado para um presídio estadual.

 

A audiência de custódia do mentor do crime coletivo, Eduardo dos Santos Pereira, será realizada hoje, quinta-feira (21/03), no Rio de Janeiro, segundo informações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

A decisão da Justiça deve determinar se Eduardo retorna para a Paraíba e se vai voltar a cumprir pena no PB1, conforme a expectativa da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap).

Isânia Monteiro, irmã de Izabella Pajuçara, uma das duas mulheres estupradas e mortas na cidade de Queimadas, no interior da Paraíba, celebrou a prisão do criminoso.

O mentor da chamada “Barbárie de Queimadas”, Eduardo dos Santos Pereira, que estava foragido há três anos, foi preso em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. O criminoso foi preso em uma casa alugada e, no momento da prisão, estava sozinho. A prisão foi feita pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil da Paraíba.

Ele vinha usando um documento falso, em nome de um idoso de 62 anos, e contou com a ajuda operacional e financeira de familiares e, por um período, de um grupo criminoso. Foi depois que a ajuda desse grupo criminoso findou, que a Polícia Civil da Paraíba teve mais facilidade em mapear o paradeiro do fugitivo.

O crime aconteceu em 2012 quando cinco mulheres foram brutalmente estupradas durante uma festa de aniversário, por homens que elas consideravam serem seus amigos. Entre elas estavam Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, mortas de forma violenta porque, durante os estupros, identificaram os agressores.

Além de Eduardo, outros seis homens foram considerados culpados e receberam sentenças, enquanto três adolescentes foram sentenciados a cumprir medidas socioeducativas.

O mentor do estupro coletivo foi preso em 2012, condenado em 2014 e estava foragido desde 2020, quando fugiu do presídio estadual de segurança máxima pela porta lateral. O caso foi tema do programa Linha Direta, em maio de 2023.

Eduardo foi condenado a 108 anos e dois meses de prisão. Ele foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. Por estes crimes, ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, ele recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal de um dos adolescentes envolvidos no crime.

Redação

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