Defesa afirma que suspeito de feminicídio de Ianny Marry possui álibi

Foi detido neste sábado (21) o parceiro de Ianny Marry Barreto,  na cidade de Cajazeiras, no interior da Paraíba, como principal suspeito do assassinato da vítima, com base no mandado de prisão temporária cumprido pelo Grupo Tático Especial (GTE), sob a supervisão da delegada Ana Valdenice. A equipe de defesa, no entanto, anunciou sua intenção de solicitar a revogação da prisão com base em um álibi. Ianny, 28 anos,  foi encontrada morta em sua residência no domingo (15), apresentando sinais evidentes de violência.

Segundo o advogado de defesa, Claudenildo Pereira, existem evidências em vídeo que comprovam a presença de seu cliente na cidade de Fortaleza na manhã de 14 de outubro. Ele sustenta que a prisão temporária carece de fundamentação legal e é arbitrária em sua natureza e pontua que a prisão do seu cliente foi baseada unicamente no depoimento de uma testemunha que alegou tê-lo visto deixando a residência da vítima um dia antes do trágico descobrimento do corpo.

“Deve ter havido alguma deficiência na condução das investigações, talvez devido à alta demanda de casos ou à complexidade deste, que não tenha permitido uma verificação adequada. Temos à nossa disposição um vídeo que consta nos autos, no qual se vê claramente a presença do meu cliente na cidade de Fortaleza na manhã de 14 de outubro. Estamos dispostos a colaborar plenamente com o trabalho da Polícia Civil, porém, buscaremos de maneira inegável a revogação desta prisão, que consideramos ilegal e, em certa medida, arbitrária”, declarou o advogado.

Relembre o caso

 

A jovem Ianny Marry Barreto Lira, 28 anos, foi encontrada sem vida dentro de sua residência no domingo (15), em Cajazeiras, no Alto Sertão da Paraíba. O corpo apresentava sinais de violência, incluindo marcas de esganadura, as mãos amarradas e a boca coberta por um lençol. Peritos indicaram que as lesões eram consistentes com ferimentos causados por objeto perfuro cortante, possivelmente uma faca. A polícia não descarta a possibilidade de violência sexual.

Ianny foi vista pela última vez na sexta-feira (13) por vizinhos. Uma conhecida tentou contatá-la no domingo, sem sucesso, o que a levou a visitar a casa da vítima. Ao chegar, encontrou a porta aberta e Ianny já sem vida, prontamente acionando a polícia. Não foram encontrados sinais de arrombamento no local.

Natural do Recife, a jovem trabalhava em um restaurante no bairro Jardim Oásis, em Cajazeiras, e residia no Conjunto Ipep com seu companheiro. Segundo informações de um vizinhos, o parceiro de Ianny estava em uma viagem a trabalho no momento do ocorrido.

A família da vítima relatou que Ianny tinha planos de se mudar para Portugal e já havia adiantado os preparativos, incluindo a compra da passagem.

A polícia ouviu o ex-namorado da vítima, que foi liberado após o depoimento. A mãe do ex-companheiro, de quem Ianny havia se separado há quatro meses, foi quem chamou as autoridades ao local. Os indícios apontam para um crime cometido por alguém próximo à vítima, dada a ausência de arrombamento na residência.

 

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Juliana Terra

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