Laudo inicial não identifica causa de morte de bebê em Campina Grande; polícia investiga o caso


Materiais coletados serão encaminhados para novos exames. Resultado final da análise deve ser divulgado em até 10 dias. Laudo inicial não identifica causa de morte de bebê em Campina Grande Ewerton Correia/TV Paraíba O primeiro laudo pericial do caso da bebê de três meses que morreu em um hospital privado na segunda-feira (27), em Campina Grande, não conseguiu identificar a causa da morte. A informação foi divulgada pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), nesta terça-feira (28). Segundo Márcio Leandro, diretor do Numol em Campina Grande, os peritos não conseguiram identificar o que teria causado a morte da criança neste primeiro momento. Cinco amostras de materiais biológicos foram coletadas e serão encaminhadas para novos exames. "O material foi coletado porque macroscopicamente não deu para a gente evidenciar a causa da morte. Vamos começar a trabalhar na elaboração do laudo, mas a conclusão, só depois dos resultados dos exames", disse o diretor do Numol. Os materiais coletados devem passar por exame toxicológico, para verificar o uso de medicamentos, e anatômico patológico, para verificar se havia alguma patologia já existente desde o nascimento da bebê ou adquirida. Ainda de acordo com o diretor do Numol, o corpo da criança não apresentava nenhuma marca ou sinal que indicasse a causa da morte. O resultado da nova análise deve ser divulgado em até 10 dias. A mãe da criança prestou depoimento junto à Polícia Civil nesta terça-feira (28). O corpo da bebê foi liberado para ser velado pela família. Entenda o caso A Polícia Civil está investigando a morte de uma bebê, de 3 meses, que aconteceu no Hospital Clispi, em Campina Grande, nesta segunda-feira (27). Na denúncia, a mãe da criança diz que ela morreu após receber uma medicação injetada na unidade de saúde. Ao g1, o Hospital Clispi informou por meio de nota que "executou todos os procedimentos necessários para recuperar o estado da criança, porem em face da gravidade do seu quadro clinico, lamentavelmente, não houve possibilidade de êxito". A unidade hospitalar disse ainda que "compreende e lamenta a dor e angustia dos familiares com o ocorrido", mas que "todas as providencias cabíveis foram tomadas", incluindo uma série de procedimentos médicos e a imediata transferência para a UTI Infantil. À polícia, a mãe da bebê disse que levou a filha à unidade hospitalar no fim da tarde do domingo (26) após ela apresentar uma pequena dificuldade para respirar, o que considerou como sendo um “cansaço”. No hospital, a menina teria recebido atendimento médico e feito exames de sangue e um raio X. Depois desses procedimentos, recebeu medicação injetada por uma profissional de saúde do local. Ainda segundo o relato da mãe para a polícia, o quadro de saúde da menina teria piorado após ela ter sido medicada. A garota ainda teria sido transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde também foi intubada e sofreu duas paradas cardíacas antes de morrer. De acordo com o delegado Luciano Serra Seca, inicialmente o caso será investigado a partir da suspeita da possível aplicação errada da medicação. “Como houve denúncia, cabe à polícia investigar”, explicou. Um inquérito será aberto pela Delegacia Especializada da Infância e Juventude, responsável por continuar com a investigação da morte da criança. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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