PF apreende carros de luxo, celulares, computadores e mais de R$ 188 mil em operação contra a Braiscompany


Balanço foi divulgado nesta sexta-feira (17) e órgão segue fazendo o levantamento de bens imóveis e criptoativos. PF também apreendeu mais de 10 mil doláres. Polícia Federal faz operação na sede da Braiscompany em Campina Grande Ewerton Correia/TV Paraíba A Polícia Federal divulgou nesta sexta-feira (17) o balanço de itens apreendidos durante a operação Halving, realizada na manhã da quinta-feira (16), com o objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais, na sede e em endereços ligados à empresa paraibana Braiscompany. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária, mas os sócios não foram encontrados. Entre os itens apreendidos estão: 4 celulares 5 veículos (Audi A3, BMW X1, Toyota Hilux SW, Nissan Kicks e Porche Cayenne) 15 computadores 50 placas de vídeo 27 relógios (Rolex, Hublot, Patek Phelippe Geneve) Dinheiro (10.362,00 doláres e R$ 188.237,00 reais) Várias cédulas foram apreendidas pela PF na sede da Braiscompany Divulgação/Polícia Federal A Polícia Federal segue fazendo o levantamento de bens imóveis e criptoativos. As ações da PF acontecem na sede da empresa e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em uma das filiais, em João Pessoa e em São Paulo. O nome da operação, Halving, é em alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que ocorre a cada quatro anos, período semelhante a ascensão e derrocada do esquema investigado. Entenda caso da Braiscompany A empresa se envolveu em uma polêmica financeira com suspeita de atraso de pagamentos de locação de ativos digitais. Denúncias feitas por clientes nas redes sociais deram início ao caso, que desde o dia 6 de fevereiro passou a ser investigado também pelo Ministério Público da Paraíba. Idealizada pelos sócios Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais, que estão foragidos, a Braiscompany é especialista em gestão de ativos digitais e tecnologia blockchain. Os clientes convertiam seu dinheiro em ativos virtuais, que eram "alugados" para a companhia e ficavam sob gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela "locação" dessas criptomoedas. Milhares de campinenses, motivados pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos, investiram suas economias pessoais sob a promessa de um ganho financeiro ao redor de 8% ao mês. É uma taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado. Suspeita de calote O calendário de remuneração dos dividendos deixou de ser cumprido desde o final do ano passado, e a hipótese de calote paira no ar. Antônio Neto Ais, o fundador da companhia, disse em uma live que gerenciava R$ 600 milhões de 10 mil pessoas. Os primeiros atrasos teriam sido provocados por uma questão técnica, de acordo com a Braiscompany. O desenvolvimento de um aplicativo, criado para otimizar os processos internos e de comunicação, teria provocado a necessidade de redução de funções do sistema anterior ainda na fase de testes. Por conta disso, segundo a Braiscompany, os pagamentos estavam lentos. Ainda de acordo com a empresa, depois do atraso ocasionado pelos testes, a Binance (corretora de criptoativos), passou a travar as operações e limitar a capacidade de pagamento a 10% do necessário, a cada 10 dias. A Braiscompany afirma que conseguiu aumentar o limite, mas a Binance voltou a restringir os mesmos pedidos anteriormente solicitados. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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