Exposição em João Pessoa destaca sustentabilidade efetiva e valorização da cultura regional


Exposição Floresta Branca traz artistas plásticos e atividades com inspirações no Nordeste Exposição Floresta Branca, em João Pessoa, traz mostras de artistas, atividades culturais e debates sobre sustentabilidade Foto: Vilmar Costa Ao mesmo tempo que vemos grandes transformações ambientais que o mundo está passando, causadas pela ação humana, direta ou indiretamente, surgem também em todos os lugares, manifestações por uma mudança de atitude, em busca de um planeta mais sustentável e viável para as próximas gerações. E uma das formas mais significativas de manifestação é a arte, que tem o poder de transformar a sociedade e despertar reflexões de consciência. Um exemplo disso é uma exposição artística que acontece em João Pessoa até o final de fevereiro, inspirada na Caatinga brasileira e que trata sobre temas importantes como: práticas sustentáveis, processos construtivos inteligentes, valorização cultural regional, entre outros. A exposição Floresta Branca, tradução da palavra tupi "Caatinga", está aberta ao público de terça a domingo em um dos mais movimentados endereços da capital paraibana, destacando o trabalho de três grandes nomes das artes plásticas nacionais: Sergio Helle (Ceará), Sérgio Azol (Rio Grande do Norte) e Marlene Almeida (Paraíba). Cada um dos artistas estará com obras expostas no casarão da Av. Cabo Branco, n° 1630, durante um período exclusivo, celebrando histórias e inspirações do Nordeste. Além disso, uma extensa programação com oficinas, palestras e apresentações culturais também faz parte da agenda diária da exposição. Exposição Floresta Branca Logo na entrada do espaço, três portais, construídos em taipa de pilão, recepcionam os visitantes que vêm conhecer a exposição Floresta Branca. Essa instalação artística é uma ideia da paisagista Michelle Peyroton, que buscou levar os visitantes a uma imersão no conceito da Floresta Branca. Além dos três pórticos em taipa de pilão, o jardim de entrada traz um espelho d’água com fundo negro para refletir toda luminosidade do espaço (especialmente durante à noite), além de elementos em tons terrosos, como os tijolos vazados em cerâmica - uma referência aos cobogós, que permitem a entrada de luz e ventilação natural, recurso muito utilizado nas construções do Nordeste. E a tecnologia também está presente na instalação. Durante o período da exposição, acontece a projeção mapeada de imagens da terra, da fauna, da flora, referências culturais, além dos sons da natureza, permitindo uma experiência sensorial imersiva. Exposição Floresta Branca Taipa de pilão, métodos construtivos e sustentabilidade A taipa de pilão é um método tradicional de construção utilizado há mais de 4 mil anos, que foi trazido pelos portugueses no período colonial e usado por aqui na edificação das primeiras construções brasileiras. A técnica utiliza a terra tirada do próprio local como matéria-prima, e por isso possui uma identidade única. Aliando sustentabilidade, economia e beleza, a taipa de pilão é hoje utilizada em projetos modernos e inteligentes no mercado construtivo de alto padrão em todo o mundo. E um dos objetivos da exposição Floresta Branca também é o de repensar os processos construtivos e valorizar ideias, modernas e tradicionais, que tornem a atividade mais sustentável. Exposição em João Pessoa destaca sustentabilidade e valorização da cultura regional A construção civil tem grande peso ambiental e, a cada ano, toneladas de materiais são extraídos da natureza para a fabricação de insumos que vão ser utilizados na construção de novas edificações. Assim, o conceito de sustentabilidade na construção civil significa garantir que antes, durante e após as construções, sejam feitas ações que reduzam esses impactos, potencializem a viabilidade econômica e proporcionem uma boa qualidade de vida para as gerações atuais e futuras. A exposição Floresta Branca é uma iniciativa da Bauten, A4M e Trinus.co, parceiros que trazem para o centro da sua atuação no mercado da incorporação e da construção civil pilares ambientais, sociais e culturais bastante consolidados. Um exemplo disso é o desenvolvimento de uma linha de produtos com diferenciais sustentáveis, identificando oportunidades estratégicas nos seus futuros empreendimentos, como a adoção de áreas de preservação permanente como parte importante dos projetos. Esse é propósito empresarial das empresas, que também investem em bioconstrução, bioarquitetura, processos construtivos inteligentes e tecnologias sustentáveis. Exposição destaca sustentabilidade efetiva e valorização da cultura em João Pessoa Local da Exposição Projetada em uma casa emblemática da década de 1960, a exposição Floresta Branca ocupa uma área total de mais de 500 m2, com nove ambientes de exposição e quatro ambientes de serviço, como áreas de living e cafeteria, criados pela HA Arquitetura e Criare Móveis. Além do jardim de entrada, os visitantes irão conhecer os Jardins Laterais e Central, que têm assinatura da arquiteta e designer Bia Campelo. Dentro da área de exposição, as obras dos artistas estarão em destaque no salão principal, totalmente modificado para criar fluidez no movimento dos visitantes. A exposição Floresta Branca tem curadoria de Cesar Revorêdo, jornalista e artista plástico com obras apresentadas em exposições no Brasil, Alemanha, Portugal, Espanha, Estados Unidos e outros países. SERVIÇO - EXPOSIÇÃO FLORESTA BRANCA Período: de 16 de dezembro a 28 de fevereiro Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 16 às 22 horas (segunda fecha para manutenção) Endereço: Avenida Cabo Branco, 1630 Entrada: Gratuita Artistas principais em exposição: Sérgio Helle, Sérgio Azol e Marlene Almeida Informações sobre programação: http://www.florestabranca.com.br
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