Menina internada há dois meses na UTI conhece decoração de natal de Campina Grande pela primeira vez


Emily Silva têm fibrose cística e conheceu o 'Natal Iluminado' sob cuidados médicos. Em 13 anos, ela nunca havia visto a decoração da cidade, por causa da doença. Emily visitou o 'Natal Iluminado', de Campina Grande, sob supervisão médica. Hospital da Criança Emily Silva, de 13 anos, está internada há dois meses na UTI do Hospital da Criança, em Campina Grande. Ela tem fibrose cística, uma doença crônica que prejudica seus pulmões e sistema digestivo. Seu maior desejo era passar o natal em casa, mas ainda não pode ser realizado. Por isso, a equipe médica do hospital decidiu acompanhá-la em um passeio ao 'Natal Iluminado', no Açude Velho de Campina Grande. Emily e sua mãe nunca tinham ido à tradição da cidade. "Ela queria muito passar o natal em casa, porém o tratamento só acaba próxima semana. Então o fisioterapeuta da nossa unidade, Alexandre, deu a ideia de levarmos ela ver o natal iluminado. Quando sugerimos, ela amou a ideia, nunca havia nem visto um Papai Noel. Pela doença, ela tem uma vida muito restrita. A levamos entre uma dose e outra do antibiótico. Após o passeio ela retornou ao hospital", explicou Vanessa, coordenadora da UTI do Hospital da Criança. A mãe da menina, Sônia Silva, também não conhecia o 'Natal iluminado', decoração natalina que é tradição em Campina Grande. Para ela, o momento foi de emoção e alegria. "Foi muito emocionante, pois eu também nunca tinha ido lá, só faltei chorar", diz Sônia Silva ao g1. Emily foi diagnosticada aos três anos de idade, mas desde seu nascimento já apresentava constantes problemas de saúde. "Assim que nasceu já tinha cansaço, tinha febre, passou por várias internações, tinha pneumonia de repetição. Quando ela tinha 3 anos de idade, ela foi internada no Trauma, foi onde se descobriu que ela tem a fibrose cística, uma doença crônica muito complicada, de lá pra cá foram só internações e mais internações", explica Sônia Silva, mãe da menina. "Emily é uma pessoa dócil, gosta muito de tirar fotos e passear", diz Sônia, mãe de Emily. A mãe da menina deseja que ela tenha saúde para voltar a estudar em 2023. Arquivo pessoal Atualmente, Emily está afastada da escola e, para o ano que vem, o desejo de sua mãe é que ela possa voltar a estudar. "Desde fevereiro pra cá que ela não tá indo pra escola porque teve Covid-19 e tá no oxigênio direto. Faz dois meses que estamos aqui na UTI do Hospital da Criança. Tenho fé em Deus que ano que vem ela volta pra escola, fazer o 9º ano", diz Sônia. A mãe também explica que, apesar da doença ser muito agressiva, Emily anda, fala e tenta levar uma vida normal. "Foram muitos dias de sofrimento. Para a semana, se Deus quiser, a gente vai pra casa", diz a mãe O que é fibrose cística Vanessa é a médica coordenadora da UTI e acompanhou Emily no passeio natalino. Arquivo pessoal A médica coordenadora da UTI, Vanessa Santos, explica que a fibrose cística afeta as células que produzem muco, suor e sucos digestivos. "Isso faz com que esses fluidos se tornem espessos e pegajosos. Acaba obstruindo ductos. Como no pâncreas, que impedem que as enzimas digestivas sejam lançadas no intestino, tendo que repor essas enzimas por boca", explica Vanessa. Além disso, o pulmão produz muco espesso que pode ficar retido nas vias aéreas e ser invadido por bactérias. "Outros sintomas são tosse com secreção produtiva, pneumonias de repetição, bronquite crônica", afirma a médica. *Sob supervisão de Diogo Almeida Vídeos mais assistidos da Paraíba .Quando sugerimos, ela amou a ideia, nunca havia nem visto um Papai Noel. Pela doença, ela tem uma vida muito restrita."
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