Família questiona atendimento de hospital após morte de criança de 3 anos, em João Pessoa


Secretaria Municipal de Saúde (SMS) diz que a criança foi liberada por apresentar melhora. Conselho Regional de Medicina (CRM) não se pronunciou sobre o caso. Pyetro Feitosa, de 3 anos, morreu na quarta-feira (14) no Hospitald e Valentina. Tv Cabo Branco Pyetro Feitosa, de 3 anos, morreu nessa quarta-feira (14), na ala vermelha do Hospital Infantil de Valentina, em João Pessoa. Um dia depois do óbito ser confirmado, a família da criança está questionando o atendimento dado pelo hospital, após o menino ter dado entrada na terça-feira (12) e liberado mesmo ainda apresentando abdômen distendido e dores no corpo. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Pyetro foi liberado após apresentar uma melhora. A declaração de óbito, emitada pelo hospital, traz as informações de que a morte da criança foi causada por diarreia aguada, hipoglicemia refratária, disfunção de múltiplos órgãos. “Ele estava sem fazer xixi, por isso levei ele. Ele não estava mais com febre, mas estava dizendo que a perna dele estava doendo. O médico examinou, fez exame de sangue, depois que o exame voltou, o meu filho estava tomando soro e o médico disse que ele estava de alta”, diz Leydye Daiany, mãe de Pyetro. Ainda segundo a mãe, na alta, o médico receitou um antibiótico para o menino. “Eu disse: mas não é para ele receber alta. E ele disse que estava tudo bem com ele. Passou um antibiótico. Também pegou um comprido e botou na boca dele. Eu perguntei que remédio era aquele, ele falou o nome, mas eu não decorei porque eu não sei ler”, diz Leydye Daiany, mãe de Pyetro. Nessa quarta-feira (14), o menino voltou com fortes dores abdominais e nas pernas. Ele foi conduzido à internação imediata, mas não demorou muito para ser dada a noticia da morte de Pyetro. “A gente descobriu que a criança estava com pneumonia, infecção generalizada, rins parados. Já tava com a barriguinha grande, os lábios ficando roxos. Só mandaram ele para a UTI. Quando levaram para a sala vermelha, ele não resistiu”, diz Maria José, tia de Pyetro. Em entrevista à TV Cabo Branco, a familia disse que vai entrar na justiça, responsabilizando o hospital pela morte do menino. “Todo atendimento ali é péssimo. Chega lá, dão medicação e mandam para casa. Eles não pesquisam, não aprofundam o que a criança tem, só mandam para casa. A gente quer justiça porque é uma criança de três anos, uma criança inocente”, diz a tia de Pyetro. A morte da criança foi causada por diarréia aguada, hipoglicemia refratária, disfulnção de multiplos órgãos. Tv Cabo Branco O que dizem as diferentes instituições A SMS emitiu uma nota informando que Pyetro deu entrada no Hospital Infantil do Valentina, na manhã da terça-feira (14), com quadro de febre, diarreia e vômito. “Foi atendido, avaliado clinicamente e fisicamente pelo médico da Urgência, que também solicitou exames de laboratório e prescreveu medicamentos sintomáticos, além da hidratação venosa. Após as medicações e a hidratação, o paciente apresentou melhora, foi liberado e a família recebeu a orientação de retornar ao Hospital, caso alguma piora fosse apresentada”, diz a nota. Sobre o retorno do menino ao hospital, a SMS diz que “o menor retornou à unidade com desidratação e hipoglicemia, sendo novamente atendido pela equipe médica da Urgência, que optou pelo internamento clínico. Como o paciente não apresentou melhora, foi transferido para a UTI Pediátrica, onde foi entubado e medicado. Algumas horas depois, teve uma parada cardiorrespiratória, diante da qual foi realizada a reanimação durante aproximadamente uma hora, porém sem retorno, sendo constatado o óbito por choque séptico refratário”, informou a secretaria. Procurado pela TV Cabo branco, o Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que ainda não recebeu nenhuma denúncia e, por enquanto, não vai se posicionar a respeito do caso. Já a Polícia Civil informou que, em caso de suspeita de negligência médica, o primeiro passo é buscar uma delegacia para oficializar a suspeita. Então o corpo da vítima é conduzido à Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) para que seja feita a perícia e, assim, se possa dar sequência à investigação. Vídeos mais assistidos da Paraíba
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