Estudante denuncia transfobia na UFPB: ‘funcionária exigiu que eu me retirasse do banheiro feminino’


Jovem abriu um boletim de ocorrência por conta da situação. UFPB não se pronunciou até o momento. Servidor teria dito que a presença da estudante ameaçava outras mulheres; boletim de ocorrência foi registrado na terça (18). Odara Moraes Uma estudante da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) abriu, na terça-feira (18), um boletim de ocorrência contra um servidor da instituição sob acusação de transfobia e racismo. A vítima relata que foi impedida de usar o banheiro feminino, gênero com o qual se identifica, por uma funcionária terceirizada que teria agido sob ordem do servidor da instituição. O caso aconteceu na sexta-feira (14) na Central de Aulas (CA’s) da UFPB, no campus de João Pessoa. Procurada pelo g1, por meio da assessoria de imprensa, através do email, aplicativos de mensagens e ligações, a UFPB não se pronunciou até a última atualização desta reportagem. A estudante Odara Moraes relata que, ao usar o banheiro, foi abordada por uma servidora terceirizada. “Ela exigiu que eu me retirasse do banheiro feminino, afirmando que eu era um homem e que aquele não era o meu lugar. Ao sair do banheiro, a mesma me esperava na porta. Enquanto a questionava o porque eu não poderia usar o banheiro feminino e a acusava de transfobia, ela continuou a me tratar no masculino e me direcionou até a administração do local”, disse a vítima. Estudantes fazem mobilização em defesa da educação e da democracia, em João Pessoa Chegando na administração do local, Odara Moraes relata que o servidor confessou ser o mandante da ação. É ele o alvo do boletim de ocorrência. “O servidor e a terceirizada me tratavam no masculino, negavam que eu era uma mulher, apontavam que minha presença no banheiro feminino ameaçava as mulheres, e que para usar o banheiro feminino eu precisaria comprovar para ele, com uma carteira comprobatória, que eu era uma mulher”, disse a estudante. Ao g1, o delegado Marcelo Falcone, da Delegacia de Crimes Homofóbicos de João Pessoa, disse que o inquérito policial está na fase inicial e o caso vai ser investigado. A vítima também registrou a denúncia internamente, no Comitê de Políticas de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres na UFPB (CoMu). *Sob supervisão de Jhonathan Oliveira Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
g1 > Paraíba

g1 > Paraíba