Fiji Solutions e Softbank são alvos de operação da PF que apura suspeita de crimes contra o sistema financeiro


Três pessoas foram presas, incluindo o dono da Fiji, Bueno Aires, que já estava detido desde ontem, no Rio de Janeiro, em virtude de uma prisão por suspeita de abuso sexual infantil. Sede da Fiji Solutions é alvo de operação da PF que apura crime contra sistema financeiro Três pessoas foram presas e oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (15) em uma operação da Polícia Federal com o objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro, e organização criminosa, em endereços ligados a gestores das empresas paraibanas Fiji Solutions e Softbank. Segundo a PF, os investigados captaram recursos de clientes prometendo o pagamento de remuneração expressiva, obtida por meio de operações de compra e venda de criptomoedas. Um dos alvos dos mandados de prisão foi Bueno Aires, empresário dono da Fiji Solutions, que já estava detido desde a quarta-feira (14), em virtude de uma prisão temporária, cumprido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, por suspeita de crime de abuso sexual infantil. Além dele, foram presas preventivamente outras duas pessoas na manhã desta quinta-feira, em relação à operação da PF. As ações da PF foram nos bairros do Catolé e Itararé, em Campina Grande, e na cidade de Gurjão. Segundo a PF, nos últimos três anos, os investigados movimentaram cerca de R$ 600 milhões em criptoativos. Em abril deste ano, a Fiji Solutions teve R$ 399 milhões bloqueados em determinação da Justiça, por meio da 2ª Vara Cível de Campina Grande, atendendo a pedido do Ministério Público da Paraíba. A operação foi batizada de "Ilha da Fantasia", e é alusiva a um dos nomes comerciais utilizado pelo grupo, e também ao modus operandi, de prometer rendimentos irreais aos investidores, segundo a PF. Operação contra a Fiji Solutions e a Softbank aconteceu em Campina Grande e em Gurjão, na PB Divulgação/Polícia Federal Quais atividades realizadas pela Fiji Solutions? A Fiji Solutions é um empresa gestora de contratos de criptomoedas. Ao iniciar sua relação com a empresa, o cliente cede o controle da porcentagem de criptomoeda que adquiriu por meio de uma empresa corretora, a chamada exchange. Segundo o MP, a Fiji parou de cumprir os pagamentos previstos em contrato em fevereiro deste ano. Em março, o promotor de Justiça e diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, Sócrates Agra, recomendou que a empresa Fiji Solutions fizesse os pagamentos atrasados em até 72 horas, mas os prazos não foram cumpridos. Em depoimento ao MP na época, um dos sócios afirmou que estaria com problemas técnicos para autorizar os repasses. A recomendação exigiu que a empresa ache uma solução junto a exchange Kucoin para pagamento de clientes. Vídeos mais assistidos da Paraíba
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