Onda de violência: comandante da PM reúne batalhões para fortalecer policiamento e culpa legislação ‘caduca’ por índice de crimes

O comandante geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Sérgio Fonseca, reuniu nesta sexta-feira (13) os comandantes dos batalhões responsáveis pelo policiamento na Grande João Pessoa após uma série de crimes de homicídio e feminicídio na região nos últimos dias. O último deles, ocorrido ontem, vitimou uma mulher que passeava na orla de Cabo Branco e foi atingida por uma bala perdida.

Fonseca apontou que a situação de ontem foi atípica por se tratar de criminosos do Rio Grande do Norte em um ataque a policiais do mesmo estado. Mesmo assim, ele declarou que a PM deve dar uma resposta à população devido a todos os casos.

“Duas senhoras, uma que sofreu um disparo e perdeu a vida.  Nós estamos reunidos aqui com todos os comandantes especializados para que possamos dar respostas à população da Paraíba. Ainda estamos na sexta-feira e amanhã temos um evento especial do eclipse. Não temos dúvidas de que isso vai trazer mais pessoas para a praia, não só ali em Cabo Branco, mas também para o Jacaré, estendendo para o litoral. Neste momento, com todos os comandantes fazendo a segurança da população paraibana, esperamos trazer a tranquilidade, que é uma característica da nossa capital”, disse à 98fm.

E completou: “Estamos aqui reunidos, todos os comandantes, traçando estratégias para intensificar o policiamento para o fim de semana. Estamos nas ruas o tempo todo. Mas precisamos entender os contextos, que não podem ser retirados da situação, e que muitas vezes trazem insegurança para a população.”

Sérgio ainda comentou sobre o trabalho policial e culpou a legislação ‘caduca’ pelos índices criminais na Paraíba e no país.

“A Paraíba está em contexto de país. As leis que estão submetidas não só à Paraíba, mas ao país. Não estou querendo apontar o dedo para o poder judiciário e ao Ministério Público, mas que estão submetidos às mesmas leis da PM. Nosso ordenamento é caduco, da década de 40. É impossível você combater a criminalidade, quase 90% dos homicídios cometidos no país são com armas de fogo e o crime de porte ilegal de armas é afiançável. Quem está portando arma e não é policial, nem tem porte de arma, não deveria estar armado”, disse.

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Wallyson

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