Conflito em Israel: paraibana que voltou ao Brasil em voo de repatriação fala sobre tensão: ‘acho que nunca vou esquecer’


Tânia Cunha, de 59 anos, fez aniversário em meio ao conflito. disse que nunca vai esquecer os dias que viveu no país e relembrou os momentos de tensão durante o conflito. Duas paraibanas chegam em Brasília no avião que resgatou brasileiros em Israel A paraibana Tânia Cunha, de 59 anos, estava em Jerusalém, em Israel, quando estourou o conflito entre Israel e o Hamas. Ela fez aniversário no domingo (8) em meio a tensão da guerra e a expectativa de volta para casa. Tânia chegou na manhã desta quarta-feira (11) à Paraíba e, muito emocionada, disse que nunca vai esquecer os dias que viveu no país. “Foram dias difíceis. Nós tivemos três dias bem complicados e só vivenciando é que a gente tem ideia da dimensão do que se passa com a guerra”, afirmou Tânia Cunha. A paraibana também relembrou a tensão de estar no país e escutar as sirenes de guerra. “Você está sentada com os amigos e de repente toca uma sirene, você tem que procurar abrigo no hotel. A nossa sorte é que o hotel já dispunha de abrigo. Vivenciar essas coisas…acho que nunca vou esquecer”, afirmou. LEIA TAMBÉM: Entenda o conflito entre Israel e Palestina O que é o Hamas, grupo islâmico que ataca Israel Tânia estava há uma semana em Israel e embarcou nesta segunda-feira (10) de Tel Aviv, capital do país, até Brasília. A mulher chegou ao Brasil por volta das 4 horas da manhã e desembarcou no Aeroporto Castro Pinto, em João Pessoa, às 11 horas. A paraibana só planejava sair de Israel na quinta-feira (12) e seguiria para Portugal, mas preferiu retornar ao Brasil. A mulher veio em um voo de repatriação do Governo Brasileiro, acompanhada de uma outra paraibana, que preferiu seguir para o Rio de Janeiro antes de retornar à Paraíba. De acordo com Secretário de Representação Institucional, Adauto Fernandes, o Governo da Paraíba entrou em contato com a embaixada de Israel no Brasil e solicitou informações sobre os paraibanos que viajaram ao país nos últimos 60 dias com objetivo de continuar tentando identificar pessoas em Israel. Entenda o conflito O conflito entre Israel e Palestina se estende há décadas. Em sua forma moderna remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina sob mandato britânico. Israel foi proclamado no ano seguinte. Desde então, há uma disputa por território. Desde então, vários acordos já tentaram estabelecer a paz no território, mas sem sucesso. Neste sábado, um ataque surpresa do movimento islâmico armado Hamas em Israel deixou o país em estado de guerra. Prédio pega fogo após ser atingido por foguete em Tel Aviv, Israel, em 7 de outubro de 2023 REUTERS/Itai Ron Segundo um alto comandante militar do Hamas, 5 mil foguetes foram lançados contra o país do Oriente Médio. Sirenes de avisos de bombardeios foram relatadas em várias regiões de Israel, incluindo Jerusalém. Há registros de edifícios danificados em Tel Aviv e em outras cidades. O Hamas ainda divulgou imagens mostrando o que seria um tanque israelense destruído. Em ataque de represália, os israelenses atacaram Gaza. Eles destruíram um prédio de 11 andares, a Torre Palestina. No começo da noite [pelo horário local], o Hamas voltou a atacar. Dessa vez, disparou mísseis contra a cidade israelense de Tel Aviv. O que é o Hamas? Pessoas observam destruição na Faixa de Gaza após bombardeios israelenses em reação a ataque do Hamas no dia 7 de outubro de 2023 Mohammed Abed/AFP O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo como um todo, ou em alguns casos sua ala militar, é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais. O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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