Categoria técnico-administrativa das universidades federais na Paraíba critica anúncio de reajuste de 1% feito pelo Governo
O Sindicato dos Trabalhadores técnico-administrativos das universidades públicas da Paraíba (Sintes-PB), representante da categoria no estado, recebeu com indignação a proposta apresentada pelo Governo durante a 4ª Rodada da Mesa Nacional de Negociação, realizada ontem(29), em Brasília.
O documento apresentado pelo Ministério da Gestão e Inovação não prevê índice de reajuste salarial em 2024, sob a justificativa de que foi feita uma reserva no orçamento federal para o próximo ano de apenas R$ 1,5 bilhão destinado ao funcionalismo público, o que representaria um reajuste de apenas 1%.
As entidades presentes à Mesa de Negociação manifestaram-se contrárias a esse ínfimo percentual, por considerá-lo insuficiente para suprir a demanda de recomposição necessária para cobrir as perdas inflacionárias enfrentadas pelo funcionalismo público, que passam de 30%.
A nota divulgada à imprensa pela bancada federal, assinada por todas as centrais sindicais, ainda traz a preocupação quanto à falta de prioridade dada às pautas não remuneratórias e, em particular, a ausência de qualquer manifestação a respeito da revogação do Decreto 10.620/2021, que dispõe sobre a competência para a concessão e a manutenção das aposentadorias e pensões do regime próprio da previdência social da União no âmbito da administração pública.
Ao final da reunião, os representantes sindicais decidiram convocar uma plenária nacional dos servidores públicos para discutir um calendário de mobilização, inclusive com possibilidade de greve.
A Direção Colegiada do Sintespb, por meio da Coordenação Geral, referenda a posição já manifestada pelas entidades nacionais e defende o movimento já acenado pelo Conaserf. “A luta vai ser ferrenha, nós vamos acompanhar todas as orientações que forem encaminhadas por nossa Federação e chamar a categoria para ir às ruas, mostrar a nossa cara de descontentamento contra esse aumento ridículo que nos foi oferecido. Vamos exigir respeito e dignidade”, desabafou Eurídice Almeida, em nome da Direção.
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