Linchamento virtual de Cristiano Zanin não deve influenciar decisão de Lula sobre a segunda vaga do STF

 

 

A onda de ataques contra o ministro Cristiano Zanin Martins, primeira indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal em seu terceiro mandato, não deve afetar a escolha da segunda vaga, que será aberta ainda neste ano, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Em conversas com interlocutores, Zanin afirmou que o “hiperpoliciamento” de que tem sido vítima, na realidade, busca pressionar o presidente Lula a indicar alguém com um perfil alinhado ao dos grupos que o atacam. Uma reportagem da jornalista Malu Gaspar, do Globo, confirma a tese de Zanin no próprio título: “Nem revolta com Zanin deve convencer Lula a nomear uma mulher para o STF, dizem aliados”.

Efetivamente, o presidente Lula não parece disposto a ceder a pressões e busca indicar para a suprema corte alguém comprometido com a defesa do estado de direito e alinhado com a sua visão sobre as instituições e o papel do Estado. É neste contexto que despontam os três favoritos: o ministro Bruno Dantas, do TCU, que tem tido papel central na apresentação de propostas para a reconstrução da economia, o ministro Jorge Messias, da Advocacia Geral da União, que tem atuado em casos como da Eletrobrás e da Margem Equatorial, com uma visão de mundo bastante próxima à do presidente, e o ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, que demonstrou coragem no enfrentamento aos abusos do Poder Judiciário e está à frente da correição no TRF-4. É desse trio que deve sair a escolha de Lula.

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Rafael Andrade

Rafael Andrade