Após pressão generalizada, membros do Banco Central procuram o governo e dizem que Selic pode cair

 

 

A repercussão negativa causada pela declaração do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na noite de quarta-feira (23) levou membros do colegiado a procurarem representantes do governo Lula (PT) para explicar que, embora poucas pessoas tenham compreendido dessa maneira, o texto realmente deixa uma brecha aberta para uma redução na taxa básica de juros (Selic) em breve.

Segundo o site O Antagonista, os indícios sobre o início de um ciclo de cortes nas taxas de juros devem se tornar mais claros com a publicação da Ata do Comitê, que será publicada na terça-feira (27). “Essa talvez seja a explicação para o comportamento dos juros futuros ontem, que mantiveram a precificação de corte praticamente inalterada”, ressalta a reportagem.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vem sendo alvo de críticas por parte do presidente Lula e de integrantes do governo federal em função da manutenção da taxa de juros no patamar de 13,75% ao ano – mais alto do mundo em nível real -, o que prejudica investimentos e reduz o poder de compra da população.

A pressão, porém, aumentou com as críticas feitas pelas grandes varejistas e também pelo mercado financeiro. “Uma parte expressiva dos grandes bancos e gestoras avalia que o comunicado emitido após a reunião deveria ter deixado uma porta aberta para a queda da taxa de juros no dia 2 de agosto, quando o Copom se reúne novamente”, destacou o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo.

Apesar do Copom manter a taxa básica de juros no atual patamar pela sétima vez consecutiva, a expectativa do mercado financeiro é de que os juros devem cair a partir de agosto ou setembro.

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Rafael Andrade

Rafael Andrade