Polícia investiga participação de mais de uma pessoa na morte de professora encontrada em açude de Cuité, na PB


Um policial militar reformado foi preso preventivamente e crime teria sido motivado pelo fim do relacionamento por parte da vítima, que tinha uma "união estável" com ele. Corpo de Honorina encontrado em açude, em Cuité, PB Reprodução/TV Cabo Branco A Polícia Civil investiga a participação de pelo menos duas pessoas no assassinato da professora Honorina de Oliveira Costa, conforme informações do delegado Rodrigo Monteiro divulgadas nesta quarta-feira (29). O policial militar reformado, Antônio Abrantes, foi preso como suspeito pela morte nesta terça-feira (28). Ele tinha um relacionamento de 28 anos com a vítima. Imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia a entender o percurso feito pela vítima no dia do desaparecimento. Veja abaixo. Por volta das 10 horas da noite, Honorina sai de casa dentro de seu carro e fala com o filho, a última vez que foi vista com vida pelos parentes. O delegado afirma que ela estava determinada a terminar o relacionamento com Antônio e teria saído com esse propósito. Por volta das 22h, Honorina sai de sua casa dentro do carro, dizendo que vai terminar com Antônio. É a última vez que ela é vista. Reprodução/TV Cabo Branco Pouco tempo depois, o veículo abastece em um posto de combustível e uma pessoa entrega R$ 50 ao frentista. Ainda não se sabe quem entregou o dinheiro. Carro de Honorina para em um posto de combustíveis e abastece; polícia ainda não sabe quem pagou o frentista Reprodução/TV Cabo Branco Na sequência, o carro é visto parado em uma rua. Uma pessoa desce e apanha pedras do chão. Depois o veículo vai em direção ao açude, o mesmo onde o corpo da vítima foi encontrado. Carro de Honorina na noite do crime, indo em direção ao açude onde o corpo da professora foi encontrado, em Cuité, PB Reprodução/TV Cabo Branco Por volta das duas horas da manhã, o veículo é estacionado próximo à casa da vítima e duas pessoas saem de dentro do carro. A polícia está investigando quem são essas pessoas e se elas participaram do crime. Por volta das 2h da manhã, duas pessoas são vistas saindo do carro de Honorina; polícia investiga quem são essas pessoas Reprodução/TV Cabo Branco O policial reformado era casado com outra mulher e tinha um relacionado extra conjugal de 28 anos com a professora, ainda de acordo com a Polícia Civil. Juntos eles tinham dois filhos. No dia do desaparecimento, familiares relataram que ela saiu de casa dizendo que iria se encontrar com Antônio Abrantes pra terminar o relacionamento. Antônio Abrantes, policial reformado, foi preso como suspeito na morte de Honorina - a companheira de 28 anos dele Reprodução/TV Cabo Branco O policial, de 59 anos, foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária. Segundo o delegado, durante as investigações ele chegou a apresentar algumas motivações falsas na tentativa de despistar a polícia, mas essas informações levavam a pessoas que não tinham relação com a professora. Antônio oi transferido para a carceragem do Segundo Batalhão de Polícia Militar de Campina Grande ainda na tarde da terça-feira. Ele será autuado por feminicídio e ocultação de cadáver. Relembre o caso A professora Honorina de Oliveira Costa, de 43 anos, foi executada com violência após um golpe de faca na região do abdômen e o assassino tentou ocultar o seu corpo, amarrando nela grandes pedras em cada um de seus membros e jogando o corpo no Açude do Cais, de acordo com a Polícia Civil. O corpo da vítima foi encontrado em 5 de novembro de 2022, mas ela já havia desaparecido três dias antes e a hipótese levantada pela polícia é de que o responsável pelo crime tenha tentado ocultar o cadáver jogando no açude, já que vestígios de sangue e outros indícios não foram encontrados nos arredores do local. De acordo com a polícia, o corpo da professora acabou flutuando no açude. Ela foi encontrada por uma pessoa que passava pelo local, viu o corpo boiando, e chamou a polícia. À época, o marido que atualmente é suspeito, foi o responsável por fazer o reconhecimento do corpo da mulher. Como denunciar Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones: 197 (Disque Denúncia da Polícia Civil) 180 (Central de Atendimento à Mulher) 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar - em casos de emergência) Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e IOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail. As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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