Brasileira ficou presa em bar por duas horas durante Halloween na Coreia do Sul: ‘até que os corpos fossem levados’


Mais de 150 pessoas morreram após aglomeração em Itaewon, no sábado (29). Paraibana diz que pessoas morreram pisoteadas. Brasileira ficou presa em bar por duas horas durante Halloween na Coreia do Sul: ‘até que A estudante paraibana Yoranne Silveira, de 19 anos, que mora há 6 meses na Coreia do Sul, esteve na festa de Halloween, em Itaewon, que terminou com mais de 150 mortos no sábado (29). Durante o ocorrido, ela ficou presa em um bar e só conseguiu sair duas horas depois, quando o Corpo de Bombeiros já havia retirado os corpos. Segundo a estudante, o que aconteceu foi um ‘efeito dominó’, pois, por não conseguirem se mover no espaço, as pessoas começaram a empurrar umas às outras e foram pisoteadas. “Chegou um momento em que as pessoas não conseguiam se locomover por espontânea vontade, muitas pessoas começaram a ser empurradas e isso causou um efeito dominó à medida que foram se formando pilhas de corpos. Quem estava embaixo ia sendo esmagado, pisoteado. Foi esse o motivo de muitas pessoas terem tido parada cardíaca”, explica Yoranne. A tragédia aconteceu na noite de sábado em Seul, capital sul-coreana, em um bairro que é muito conhecido por seus bares e restaurantes. “Todo ano é comemorada essa festa de Halloween neste bairro que fica localizado na capital Sul Coreana. É um bairro muito conhecido por suas ‘nights’, um dos bairros mais famosos, procurados por turistas”, afirma a estudante. Yoranne Silvera com seus amigos, na festa de Hallowen do último sábado (29), na Coreia do Sul. Fotos foram feitas antes da tragédia. Arquivo pessoal Yoranne chegou no local da festa por volta das 21h. Notou que, desde a estação do metrô, já havia lotação de pessoas. “Cheguei por volta de 9h, a estação de metrô já tava muito cheia, mas havia policiais fazendo o direcionamento para as pessoas irem numa direção só. Já do lado de fora, tinha muita gente, mas na hora que cheguei, ainda dava para andar livremente. Porém não tinha policiais fazendo direcionamento do lado de fora”, diz Yoranne. Pelo menos 153 morrem em festa de Halloween na Coreia do Sul O que se sabe sobre tragédia que matou 151 pessoas em festa de Halloween na Coreia do Sul Assim que chegou em Itaewon, ela foi para um bar com seus amigos. “Estavam todos lotados. Foi isso que deu início ao problema. O bairro é muito pequeno, à medida que os lugares iam lotando, as pessoas iam ficando sem ter para onde ir. Então elas acabaram se aglomerando do lado de fora dos estabelecimentos”, explica a estudante. A estudante relata que, por volta das 23h, uma agitação estranha começou na frente do bar em que estava. Nesse momento, as saídas do estabelecimento foram bloqueadas. “Começou a chegar policiais e Corpo de Bombeiros. Então começaram a especular que alguém tinha morrido, mas até então as pessoas não tinham consciência da gravidade da situação. Muita gente começou a se desesperar, querer ir embora, só que bloquearam a passagem e não deixaram ninguém sair do bar”, relembra Yoranne. “Ficamos cerca de 2 horas dentro do bar, até que os corpos fossem levados e liberassem a passagem”, relata Yoranne Silveira. Aproximadamente 100 mil pessoas estiveram no local. “As ruas são muito estreitas, não tinha capacidade de suportar tanta gente em um lugar só”, afirma Yoranne Silveira. Durante o ocorrido, nem Yoranne, nem seus amigos, entendiam a gravidade da tragédia. Segundo ela, era possível ver pessoas ao chão recebendo massagens cardíacas. “Abriram espaço e começaram a fazer massagem cardíaca nas pessoas desfalecidas no chão. Só conseguimos ter noção do quão grave a situação era quando saímos do bar, aí o clima começou a pesar mais ainda. Estava um tumulto, nunca vi algo do tipo, tinham diversos carros de ambulância, do Corpo de Bombeiros, muitos policiais tentando fazer algo pra resolver a situação, tentando mandar as pessoas irem embora”, conta a paraibana. Apesar de muita gente querer ir embora, a estudante relata que isso não era possível pois, “como já era de madrugada, não havia tanto transporte disponível para todos. Muitas pessoas só conseguiram ir pra casa ao amanhecer”, relata. “Enquanto isso havia pessoas sendo levadas, corpos sendo levados, havia muitas pessoas em estado de choque. Foi horrível, foi a coisa mais bizarra que eu já presenciei”, diz a estudante. Yoranne afirma que, apesar de diversas fake news espalharem que a tragédia foi ocasionada por uma suposta overdose coletiva ou por algum tóxico, o que ela observou, na realidade, é que o bairro é pequeno e ficou superlotado. “Muitas pessoas começaram a ser empurradas e isso causou um efeito dominó”, afirma. *Sob supervisão de Jhonathan Oliveira Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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