XXII Congresso Nacional da Cobrapol é marcado pela posse da nova diretoria e alterações estatutárias

Durante o encontro, lideranças decidem lutar contra texto da Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil apresentada pelo Governo Federal

Integrar, planejar e fortalecer. Esses foram os verbos que nortearam os debates ocorridos nos dias 23 e 24 de agosto, durante o XXII Congresso Nacional da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). Entre outros palestrantes, o evento contou com a participação do advogado, ex-ministro da Justiça e ex-advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, que abordou temática referente à Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil. O Encontro, com o tema “Desafios e Perspectivas para a Categoria Policial Civil do Brasil”, ocorreu em Brasília/DF. Os deputados federais Luis Miranda e Fábio Henrique participaram da mesa de abertura do evento.

O Congresso reuniu cerca de 150 participantes, contando com a participação e deliberação de entidades filiadas de todo o Brasil e Federações Interestaduais. Para o presidente da Cobrapol, Adriano Bandeira, o evento atingiu as expectativas. “Conseguimos dialogar de forma propositiva, em um Encontro marcado pela posse da nova diretoria, alterações estatutárias, palestras com temas da atualidade, discussões relacionadas à Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil e perspectiva de um planejamento de atividades colaborativo por parte dessa nova gestão”, destacou.
O próximo Encontro Nacional da Cobrapol já tem data definida: ocorrerá entre os dias 08 e 09 de dezembro, em Aracaju/SE, com programação a ser divulgada em data mais próxima do evento.
Lei Orgânica
No âmbito da Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil, o vice-presidente licenciado da Cobrapol, Itamir Lima, apresentou os pontos retirados do texto pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A categoria policial civil segue insatisfeita em todo o país com as alterações propostas pelo Governo Federal e decidida a lutar pelo texto original, elaborado conjuntamente com a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), Associação Nacional de Entidades Representativas de Policiais Militares e Bombeiros Militares (Anerb), além de outras entidades do Terceiro Setor.

“As lideranças presentes no evento destacaram que o Governo Federal não está alinhado à necessidade da sociedade e que não tem nenhum compromisso com os policiais civis. Faz mais de 29 anos que o primeiro normativo foi encaminhado para a Câmara dos Deputados com o objetivo de aprovar a Lei Orgânica. Nos últimos dois anos e meio houve um entendimento do texto entre a Cobrapol e Adepol, mas mesmo assim o Ministério da Justiça e Segurança Pública destruiu o nosso texto. Essa proposta atual do Governo Federal não será aceita pelos policiais civis”, completou Adriano Bandeira, presidente da Cobrapol.

