Procurador do MPPB explica suspeição de promotores em caso de médico acusado de estupro de vulneráveis

Na manhã desta quarta-feira (14) o procurador do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Francisco Sagres, se pronunciou sobre as recentes alegações de suspeição envolvendo os promotores Arlan Costa Barbosa e Alexandre Jorge Nóbrega no caso do médico pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de cometer uma série de estupros contra meninas com idades entre 4 e 9 anos.

De acordo com o procurador, a decisão dos promotores em se declararem suspeitos foi motivada por vínculos pessoais existentes entre eles e o acusado, o que poderia comprometer a imparcialidade necessária para a condução do caso.

“O assunto que me provocou a análise foram as averbações de suspeição dos promotores Arlan e Alexandre. Conversei com ambos, e eles me mostraram que não poderiam, com a imparcialidade que o caso requer, se manter no processo. Ambos têm muito apreço pelo doutor Fernando Cunha Lima, devido às atenções médicas prestadas às suas famílias, onde existe uma forte ligação de paciente e médico. Não percebi medo ou inoperância dos dois colegas, mas sim lealdade à causa pública”, afirmou.

O promotor Arlan Costa Barbosa foi o primeiro a se declarar suspeito, alegando razões de foro íntimo. O processo, então, foi transferido para o seu substituto direto, o promotor Alexandre Jorge Nóbrega, que também optou pela suspeição por motivos semelhantes.

Até o momento, seis mulheres já formalizaram denúncias contra Fernando Cunha Lima, incluindo duas sobrinhas do médico. As acusações partiram de três mães de pacientes, entre elas a mãe da menina de 9 anos que fez a primeira acusação formal, além das duas sobrinhas do acusado.

O caso continua sob investigação, e as autoridades buscam assegurar que o processo seja conduzido com a imparcialidade e a seriedade que a gravidade das denúncias exige.

PB Agora

Redação

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