CPI do Hospital Padre Zé divide deputados na Assembleia entre ‘auxílio às investigações’ e ‘motivação política’

A proposta de CPI do Hospital Padre Zé voltou a causar atrito entre deputados na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nesta quarta-feira (25). Walber Virgolino, opositor e proponente da investigação, e João Gonçalves, governista e crítico, divergiram sobre a necessidade da Comissão Parlamentar de Inquérito na Casa de Epitácio Pessoa.

Walber apontou a necessidade e a competência da Assembleia para ‘auxiliar’ as autoridades policiais, que investigam a ação do Padre Egidio em desvios na instituição de saúde filantrópica. Enquanto João declarou que o deputado opositor quer apenas tentar atingir o governo politicamente.

Virgolino disse que “João Gonçalves está coberto de razão, politíco faz política. A política que eu faço é uma política investigativa, é uma política propositiva, é uma política que tem resultado e uma política que busca encontrar soluções. A gente está vendo um escândalo de milhões. É todo dia. Eu vejo a imprensa noticiar todo dia o rombo aumenta. Na verdade, ninguém consegue mensurar o estrago que foi feito no Hospital Padre Zé. O Ministério Público tem bastante competência, ninguém quer atrapalhar o Ministério porque a gente quer auxiliar, a CPI é um instrumento constitucional nas mãos do parlamento, é que faz as vezes do inquérito policial e da investigação do Ministério Público, isso uma coisa não depende da outra, em um acordo não atrapalha outras coisas, essas investigações lá na frente vão”.

João Gonçalves divergiu: “O GAECO, Polícia Civil, órgãos de controle estão apurando, para que a CPI da Assembleia nesse momento? Não é bancada de governo, o governo nada tem a ver a não ser os convênios. Pode ter 20 assinaturas, continua inoportuna. O que a Assembleia vai contribuir nessa investigação? No momento, eu vejo mais de forma política”.

Walber Virgolino revelou que já teria 10 assinaturas para protocolar a CPI. São necessários 12 deputados para que a propositura seja feita.

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