Saiba como identificar e tratar uma dor crônica


Anestesiologista Humberto Arcoverde, médico da dor, explica as causas e o que pode ser feito para obter de volta a qualidade de vida Todo mundo, em algum momento da vida, já sentiu dor. Principal queixa dos pacientes na hora de buscarem uma assistência médica, a sensação desagradável de diferentes intensidades é um sistema de alerta do organismo diante de algum perigo, geralmente uma lesão real ou potencial dos tecidos do corpo. O incômodo aparece principalmente quando o sistema nervoso detecta algo de errado e transmite a informação pela coluna espinhal até chegar ao cérebro. Com a dor, é possível identificar o local da doença e dispensar maiores cuidados ao epicentro do problema, local que precisará ser estudado por meio de exames e tratado com medicamentos. No dia a dia, as pessoas podem ser acometidas de dores agudas, que são aquelas intensas que permanecem por horas ou dias, dependendo da gravidade e da intervenção médica que será feita para cicatrizar o problema. Porém, há também quem sofra de dores crônicas, mal que, segundo a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), afeta ao menos 37% da população, ou seja, cerca de 60 milhões de pessoas. Para o médico da dor Humberto Arcoverde, a dor crônica pode ser identificada caso se encaixe nos seguintes sintomas: Duração de mais de três meses; Duração de mais de um mês após conclusão do problema que originalmente causou a dor; Ciclos de aparição e desaparecimento da dor por meses ou anos; Relação com alguma doença crônica como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares e respiratórias “O estado de dor permanente faz com que muitas pessoas usem e abusem, de forma perigosa dos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Apesar de ser um mecanismo de defesa do corpo, nós não nascemos para viver com dor e esse problema, além de físico, afeta o psicológico, trazendo sintomas como depressão, ansiedade e irritabilidade”, disse o especialista. Humberto Arcoverde é médico anestesiologista e trata pacientes acometidos com dores crônicas Divulgação: Endor De acordo com a SBED, das dores crônicas mais comuns, a enxaqueca é a principal queixa de um a cada sete brasileiros, uma multidão de cerca de 34 milhões de pessoas. Esse tipo de cefaleia pode aparecer em qualquer idade, porém se manifesta mais em adolescentes e adultos jovens. Assim como nas dores de cabeça, as mulheres são as vítimas mais frequentes das dores crônicas. Ainda segundo o instituto, o público feminino costuma apresentar mais dores no pescoço e ombros, no abdômen, cefaleias tipo tensão, enxaqueca após a puberdade, distúrbio da ATM (Articulação Temporomandibular) e outros. Conforme Humberto, para solucionar o problema, é preciso um acompanhamento individual e totalmente humanizado. “Isso faz toda a diferença. No atendimento, precisamos acreditar na dor de quem nos procura. O incômodo do paciente é real e ele precisa de acolhimento. Na consulta, discorremos sobre o local da dor, a intensidade e a duração dos sintomas. Com isso, fazemos um exame físico detalhado da coluna, das grandes articulações e dos grupos musculares para ver como está o corpo do paciente”, disse ele. O médico da dor ainda explicou que, com o avanço da tecnologia, muitos casos podem ser tratados com quase ou nenhum corte. “A medicina avançou muito nessa questão e o tratamento pode ser feito com medicamentos, fisioterapia e pilates. A tecnologia também já nos ajuda bastante e hoje temos tratamentos minimamente invasivos, como as infiltrações de coluna, os bloqueios de nervos e as radiofrequências”, concluiu ele. Benefícios do tratamento da dor crônica: Melhora da qualidade de vida Melhora da qualidade de vida Melhora da qualidade do sono Tratamento adequado e duradouro da dor ativa Prevenção de depressão secundária Prevenção de crises agudas Melhora do humor, da disposição e da libido Liberdade para atividades diárias Controle do estresse e da ansiedade Aumento do bem-estar geral e de satisfação Responsável técnico: Humberto Arcoverde - CRM-PB 7598
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