Ex-policial militar investigado por fraudes em concursos morre em Patos

O ex-policial militar Wanderlan Limeira de Sousa, de 44 anos, morreu nessa terça-feira (16) na cidade de Patos, Sertão da Paraíba. Ele estava internado no Hospital Regional da cidade, onde o óbito foi confirmado.
De acordo com informações da unidade hospitalar, ainda não há laudo oficial sobre a causa da morte. Familiares relataram que Wanderlan sofria de coagulopatia, condição que afeta a coagulação do sangue, e vinha passando por tratamento médico, tendo buscado atendimento em diferentes unidades de saúde da região nas últimas semanas.
Wanderlan era investigado pela Polícia Federal por suposta participação em um esquema de fraudes em concursos públicos em todo o país, incluindo o Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024. Segundo a PF, a organização criminosa cobrava altos valores para garantir aprovações, utilizando acesso antecipado a gabaritos, dispositivos eletrônicos e até substituição de candidatos durante as provas.
O ex-PM chegou a se inscrever no CNU e foi aprovado para o cargo de auditor-fiscal do trabalho, com salário inicial superior a R$ 22 mil. A investigação aponta que ele teria feito a prova apenas para demonstrar a eficácia do esquema, sem intenção de assumir o cargo.
Wanderlan foi preso durante uma operação da Polícia Federal, mas teve a prisão preventiva substituída por medidas cautelares em razão do agravamento de seu estado de saúde. As investigações continuam em andamento, mesmo após sua morte.
Expulso da Polícia Militar da Paraíba em 2021, Wanderlan já havia sido condenado anteriormente. Em 2020, o Tribunal de Justiça da Paraíba manteve sentença de seis anos de prisão pelo crime de tortura, além da perda do cargo público.
PB Agora



