Laboratório clandestino de bebidas é fechado em Esperança após morte suspeita por ingestão de cachaça adulterada

A Polícia Civil da Paraíba interditou, nesta segunda-feira (6), um laboratório clandestino de fabricação de bebidas alcoólicas no distrito de São Tomé, em Esperança, Agreste do estado. A ação foi realizada pelo Grupo Tático Especial (GTE/Homicídios) da Seccional de Esperança, em conjunto com a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), Instituto de Polícia Científica (IPC), Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e a UNINTELPOL/PCPB.

Segundo as investigações, o local era usado para produzir, armazenar e rotular a cachaça “Caninha São Tomé”. A suspeita é de que a bebida tenha causado a morte de Francisco Rariel Dantas da Silva, de 32 anos, que deu entrada no Hospital de Trauma de Campina Grande após apresentar sintomas de intoxicação e sofreu paradas cardíacas no último fim de semana. Amostras foram coletadas para análise pericial no IPC.

Durante a operação, foram apreendidos mais de 4 mil vasilhames com o produto adulterado, além de milhares de rótulos da marca. Os agentes encontraram tonéis com líquidos impróprios, armazenados sem higiene e sem autorização dos órgãos competentes. O espaço foi lacrado e interditado pela Agevisa.

O proprietário do imóvel foi preso em flagrante e autuado com base no artigo 272 do Código Penal, que trata de adulteração de produtos alimentícios, e no artigo 7º, inciso IX, da Lei nº 8.137/90, que prevê crimes contra as relações de consumo. Ele permanece à disposição da Justiça e deve passar por audiência de custódia.

A Polícia Civil informou que tem dez dias para concluir o inquérito e deve ouvir novas testemunhas para identificar outros possíveis envolvidos na produção e comercialização da bebida clandestina.

PB Agora

Redação

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