Ministério Público do Trabalho investiga exploração do trabalho infantojuvenil em caso de Hytalo Santos
O Ministério Público do Trabalho (MPT) apura se houve exploração do trabalho infantojuvenil na internet na conduta do influenciador Hytalo Santos. A informação foi divulgada, na noite desta terça-feira (12), em um vídeo onde o procurador Flávio Gondim trouxe detalhes sobre a investigação.
O procurador detalhou que as investigações analisaram mais de 50 vídeos publicados nas redes sociais do influenciador. Ele disse ainda que já tem 15 depoimentos de pessoas que trabalharam ou que estão envolvidas de alguma forma com o Hytalo, trabalhando produção desses conteúdos.
Ainda de acordo com o procurador Flávio Gondim, desde 2024, o MPT vem recebendo denúncias de exploração de mão de obra infantojuvenil relacionadas a Hytalo Santos.
Desde a sexta-feira (8), a conta do influenciador no Instagram está fora do ar, após o humorista Felca ter denunciado suposta exploração de menores de idade feita pelo paraibano.
Vizinhos do condomínio onde reside o influenciador Hytalo Santos o denunciaram por fazer festas regadas a bebidas alcóolicas e gravar cenas de topless com crianças e adolescentes, segundo o MPPB (Ministério Público da Paraíba). Esses vídeos seriam gravados para criação de conteúdos nas redes sociais, na cidade de Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa, de acordo com o Ministério Público da Paraíba (MPPB). O influenciador é investigado pela exposição desses menores nas plataformas digitais. De acordo com Ana Maria França, uma das promotoras responsáveis pelo caso, as investigações começaram após as denúncias dos vizinhos.
O MPT e o Ministério Público do estado ainda divulgaram uma recomendação para que uma empresa que fazia loteria e tinha o influenciador como divulgador suspendesse as atividades durante a investigação. Segundo os órgãos, o público a quem Hytalo direcionava essa divulgação foi conquistado por meio da exploração do trabalho infantil nas redes.
Redação
Foto: redes sociais