Secretário de Segurança avalia que decisão do STF sobre operações policiais no RJ deve gerar reflexos positivos na PB

O Secretário de Segurança da Paraíba, delegado Jean Nunes, avaliou como positiva a decisão recente do Supremo Tribunal Federal sobre as operações polícias nas comunidades do Rio de Janeiro. Durante entrevista à rádio CBN Paraíba nesta semana, Jean afirmou que as novas orientações devem gerar bons reflexos no combate à criminalidade aqui no estado.

Entre as principais medidas influenciadas pela decisão, estão a elaboração de um plano para a recuperação territorial de áreas ocupadas por organizações criminosas e a instauração de um inquérito, pela Polícia Federal, para apurar indícios de crimes com repercussão interestadual e internacional.

“A gente percebe esse impacto porque também ficamos impedidos de operar em conjunto com a Polícia do Rio de Janeiro nessas comunidades. Isso tem reflexos para nós dos outros estados, que temos também operações para realizar. Agora, com certeza, teremos um apoio e um sucesso maior, tendo em vista a decisão que foi proferida. Para o nosso estado, tem um reflexo positivo também”, explicou o secretário.   

Jean detalhou as dificuldades enfrentadas para desarticular grupos criminosos com atuação em diferentes estados.

“Muitos criminosos, por exemplo da Paraíba, estavam e continuam foragidos nas comunidades do Rio de Janeiro, sobre a proteção das organizações criminosas que lá se estabeleceram. Isso gera dificuldades operacionais para a Polícia do Rio de Janeiro e naturalmente para nós, dos estados que temos a necessidade de realizar prisões lá”, concluiu.

A matéria denominada ADPF das Favelas foi votada na quinta-feira (3), no STF. O consenso no posicionamento dos ministros gerou a aprovação por 11 votos durante o julgamento. A partir de agora o governo do Rio deverá seguir diversas regras nessas operações policiais, como o uso proporcional da força, câmeras nas viaturas, elaboração de um plano de reocupação de territórios invadidos pelas organizações criminosas, além da entrada da Polícia Federal nas investigações contra as milícias e o tráfico de drogas interestadual e internacional. 

PB Agora

Redação

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