Coaf revela que influenciadora Deolane recebeu dinheiro de cunhada de Marcola do PCC
Dados trazidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelam que a influenciadora digital e advogada criminalista Deolane Bezerra recebeu uma transferência financeira de Francisca Alves da Silva, esposa de Alejandro Herbas Camacho Júnior, irmão de Marcos Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com as investigações, a movimentação financeira suspeita levanta questionamentos sobre uma possível ligação entre Deolane e os chefes da organização criminosa.
Segundo a Coaf, a descoberta veio à tona durante as investigações sobre o uso de um apartamento de Deolane, localizado no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, por Everton de Souza, o “Gordão”, preso no local. Everton é conhecido como “caixeiro viajante” e apontado como um dos principais responsáveis pela lavagem de dinheiro do PCC. A prisão ocorreu após os policiais de São Paulo analisarem a movimentação financeira de membros da cúpula do grupo criminoso.
Francisca Alves da Silva, também chamada de Preta, está presa desde abril na Penitenciária Feminina de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Ela é considerada uma peça-chave na lavagem de dinheiro comandada pelos chefes da facção e foi detida durante uma operação da Polícia Federal. O relatório do Coaf aponta que Francisca enviou dinheiro diretamente para uma conta de Deolane Bezerra.
Everton de Souza, preso no apartamento de Deolane com drogas e uma arma, é casado com uma sobrinha de Francisca. A mulher de “Marcolinha”, como é conhecido Alejandro Herbas Camacho Júnior, deve ser indiciada pela Polícia Civil de São Paulo por lavagem de dinheiro.
Os negócios de Deolane com pessoas influentes dentro do PCC serão investigados em um novo inquérito. Deolane, que é advogada criminalista, reconheceu que defende criminosos, mas nega qualquer envolvimento com o PCC. Na quarta-feira (4), a influenciadora foi presa em Recife, acusada de lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais pela internet.
Redação com G1