Operação Átria: Segurança da Paraíba realiza 29 dias de ações contra violência de gênero

A Paraíba participou, durante todo o mês de março (1 a 29), de uma operação nacional de grande envergadura, executada pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds), por meio de seus órgãos operativos (Polícia Militar e Polícia Civil). A Operação Átria, criada e coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), teve como objetivo combater a violência de gênero em todo o país e e no Estado resultou em 113 prisões, sendo que 102 delas em flagrante, além de apreensões de nove armas de fogo, oito armas brancas e 147 munições. Também foram realizados 2.067 procedimentos policiais e 6.541 diligências.

A abrangência da operação cobriu todo o território paraibano, realizando ações pontuais em diversas cidades estrategicamente selecionadas, como Cajazeiras, Campina Grande, Esperança, Guarabira, Bayeux e João Pessoa. O foco foi a busca de suspeitos de feminicídio, ameaça, lesão corporal, estupro, importunação, perseguição (stalking), descumprimento de medidas protetivas, entre outros crimes.

Além das prisões e apreensões realizadas no mês de março durante a Operação Átria na Paraíba, destaca-se também o trabalho do Instituto de Polícia Científica (IPC), que realizou 242 exames periciais. Um total de 1.314 vítimas foi atendido e sete vítimas foram resgatadas, demonstrando o compromisso das forças de segurança em proteger e oferecer suporte às pessoas afetadas pelo crime. Também foram registrados 746 boletins de ocorrência, 581 medidas protetivas de urgência foram solicitadas, 551 inquéritos policiais foram abertos e 170 concluídos com autoria e materialidade, evidenciando o trabalho das equipes de investigação da Polícia Civil.

Foco em ações educativas – Com um efetivo de 176 policiais e 34 viaturas em ação, a Operação Átria também se destacou pela realização de 14 ações educativas, nove ações de panfletagem, 11 palestras e a abrangência que alcançou 2.350 pessoas através de panfletagens, 1.110 pessoas por meio de palestras e 5.523 pessoas através das ações em mídia digital. Essas iniciativas não apenas fortaleceram o trabalho preventivo das forças de segurança, mas também promoveram a conscientização e o engajamento da comunidade na construção de um ambiente mais seguro e harmonioso.

A capitã PM Gabriela Jácome, da Patrulha Integrada Maria da Penha, destacou a importância dessas ações integradas: “Os dados mais interessantes que vejo para pontuar é que foram alcançadas mais de três mil pessoas com as ações educativas desenvolvidas do Litoral ao Sertão, de forma integrada pelas forças de segurança do Estado, sob coordenação da Secretaria da Segurança e da Defesa Social, com parceria da Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana, através da coordenação do Programa Integrado Patrulha Maria da Penha”, frisou.

Ainda segundo a capitã, a efetividade das ações educativas foi acompanhada de um sucesso na prevenção da violência contra mulheres. “Em relação ao trabalho da Patrulha Maria da Penha, mesmo com a intensificação das ações educativas, conseguimos manter nosso acompanhamento, monitorando e intervenções, não tendo nenhuma usuária do Programa passado por qualquer tipo mais gravoso de violência, como tentativa de feminicídio ou feminicídio”, revelou.

Além do apoio estadual, a operação contou com a colaboração de órgãos municipais, ampliando ainda mais o alcance e a efetividade das ações de segurança pública. “A Operação Átria não se limitou a um período específico, mas sim estabeleceu um padrão de atuação e integração que já é uma prática nossa mesmo antes dessa operação. Na Paraíba, o compromisso é constante, através das 18 Delegacias da Mulher atuando de forma integrada com a Patrulha Maria da Penha e com a Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, na busca por uma sociedade mais segura e justa. Através do trabalho conjunto e da implementação de estratégias preventivas e repressivas, avançamos no combate à criminalidade e à violência de gênero e na promoção da paz em toda a Paraíba. Investigar e proteger é o nosso lema”, afirmou a delegada Maria Sileide de Azevedo, coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher na Paraíba.

Redação

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