Em prisão especial, padre Egídio divide cela com outro detento ‘por segurança’; entenda
O ex-diretor do Hospital Padre Zé, Padre Egídio de Carvalho, encontra-se atualmente detido no Presídio Especial do Valentina, em João Pessoa, compartilhando cela com outro preso. Mesmo tendo direito a uma cela individual devido à sua condição de ministro de confissão religiosa, a medida foi tomada sob a justificativa de evitar que o religioso atente contra a própria vida.
As acusações contra Egídio de Carvalho Neto são graves, sendo suspeito de liderar um esquema criminoso que teria desviado expressivos R$140 milhões do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA). O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB) aponta que tais desvios teriam ocorrido no período compreendido entre 2013 e setembro do ano corrente.
A situação se agravou com a expedição de um mandado de prisão preventiva pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida. O motivo alegado foi a “possibilidade de ocorrerem novas fraudes”, evidenciando a preocupação das autoridades em evitar a continuidade de ações ilícitas por parte do religioso.
Além do padre Egídio de Carvalho, duas ex-funcionárias do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas e Amanda Duarte, também foram presas. O Ministério Público da Paraíba destaca que o trio teria tentado apagar rastros de suas atividades ilícitas. Jannyne Dantas e Amanda Duarte teriam alterado senhas de e-mails institucionais, enquanto o padre Egídio de Carvalho é acusado de apagar arquivos, incluindo conversas no WhatsApp.
A prisão do ex-diretor e as acusações de desvio milionário abalam a comunidade local, enquanto as investigações seguem seu curso para esclarecer os detalhes desse escandaloso esquema criminoso.