Poema para tempos de guerra, por Maria do Desterro

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Foto: Reprodução/Internet

(Por: Maria do Desterro Leiros da Costa)

Prossegue a humanidade
Na marcha da insensatez,
Repetindo estribilhos,
Com estranha intrepidez,
Condenando os próprios filhos,
Ao ódio e à guerra da vez.

Passam séculos, findam eras,
Não cessam a desfaçatez,
A arrogância, a mentira,
A ganância, a cupidez,
A indiferença com o outro…
Só o amor tem escassez.

Pois este estado de coisas
Está com os dias contados;
Um terrível julgamento
Já está determinando,
À frente do Grande Juiz
Será tudo escrutinado.

E todo o olho O verá
Em Sua plena Onisciência
Cumprindo as profecias,
Rejeitando a prepotência
E acolhendo no Seu reino
Sua amada descendência.

Será uma enorme assembleia,
Conforme escriturado,
Nada ocorrido na terra
Permanecerá velado,
Cada dolo cometido
Virá a ser detalhado

Num tribunal nunca visto,
De insuspeitável estrutura,
Todo júri, a uma só voz,
Condenará, sem soltura:
Vis, idólatras, assassinos
E quem praticou tortura.

Há tempos anunciado
E escrito no seu Caderno:
Só receberá salvação,
Quem viveu o amor fraterno
Na pureza do coração,
Em comunhão com o Eterno.
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Juliana Terra

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