PL já pagou R$ 870 mil em salários para Bolsonaro, Michelle, Braga Netto e 11 assessores
O PL gastou cerca de R$ 870 mil no primeiro semestre deste ano com pagamentos de salários destinados a Jair Bolsonaro, à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, ao ex-ministro Walter Braga Netto, além de outras dez pessoas associadas a eles.
Entre janeiro e junho, Bolsonaro, Michelle e cinco colaboradores que atuaram diretamente no governo do ex-mandatário receberam R$ 353 mil líquidos. Esses pagamentos variam de R$ 30,4 mil, referente à remuneração de Bolsonaro e Michelle, a R$ 7.800. “Até o momento, o PL não prestou contas sobre os valores pagos a eles no segundo semestre”, ressalta a reportagem. Além disso, Braga Netto e cinco aliados receberam um total de R$ 416 mil no primeiro semestre, destacando-se pelo trabalho nos ministérios da Defesa e da Casa Civil.
Ainda segundo o UOL, “quando negociaram os cargos, os três receberam o compromisso de Valdemar de ganharem remunerações equiparadas a cargos públicos: o salário de Bolsonaro é equivalente ao dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), enquanto para Braga Netto e Michelle, o compromisso foi pagar o mesmo valor recebido por deputados federais”.
Os recursos utilizados saíra do Fundo Partidário e, embora não sejam ilegais, contradizem declarações anteriores do ex-mandatário, que em 2020 apoiou a campanha “não vote em quem usa o fundão [eleitoral]”, referindo-se à verba pública distribuída aos partidos para campanhas eleitorais. No primeiro semestre deste ano, o Fundo Partidário distribuiu R$ 501,4 milhões. O PL foi o maior beneficiado, tendo recebido R$ 77,4 milhões, por possuir a maior bancada na Cãmara.
Além dos salários do PL, Bolsonaro acumula aposentadorias como capitão do Exército da reserva e deputado federal, totalizando R$ 34 mil mensais líquidos. A renda familiar de Bolsonaro e Michelle alcança R$ 95 mil mensais, enquanto Braga Netto combina o pagamento do PL com R$ 23,9 mil líquidos provenientes de sua aposentadoria como general.
Ainda conforme a reportagem, o nome de Tércio Arnaud Tomaz, apontado como chefe do “Gabinete do Ódio” e investigado no inquérito das milícias digitais no Supremo Tribunal, também aparece na folha de pagamentos do P, juntamente com outros assessores. Este grupo teria recebido R$ 145,4 mil entre janeiro e junho, sendo mais de 70% desse valor pago quando o ex-mandatário viajou aos Estados Unidos por um período de três meses.
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