Na ONU, Lula enfatiza mudanças climáticas, fome e combate à desigualdade e diz: “o Brasil está de volta”

Presidente Lula discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU em Nova York (Michael M. Santiago/Getty Images)

Em seu retorno à tribuna da Organização das Nações Unidas (ONU) na abertura da 78ª Assembleia Geral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta terça-feira (19), o combate às desigualdades e à crise climática e disse que o Brasil “está de volta” para contribuir com o sistema internacional no enfrentamento de seus principais desafios.

“Se hoje eu retorno na honrosa condição de presidente do Brasil, é graças à vitória da democracia em meu país. A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão. A esperança, mais uma vez, venceu o medo. Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre”, disse.

“O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo. Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta. Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais”, pontuou.

O discurso uniu acenos ao público doméstico brasileiro, como as falas que remetem ao seu antecessor e hoje principal adversário político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e sinalizações em busca de um novo posicionamento do Brasil em um sistema internacional em importantes transformações.

Lula abriu sua fala se solidarizando às vítimas do terremoto em Marrocos, das tempestades na Líbia e das fortes chuvas sofridas pelo Rio Grande do Sul nas últimas semanas ‒ este último tem sido um dos principais focos de críticas ao presidente por parcela da população, que esperava uma postura mais próxima em meio à tragédia.

“Essas tragédias ceifam vidas e causam perdas irreparáveis. Nossos pensamentos e orações estão com todas as vítimas e seus familiares”, disse.

Do lado da desigualdade, Lula lançou luz sobre o problema da fome e de um determinismo gerado pela falta de oportunidades às parcelas mais pobres da população mundo afora, que muitas vezes impedem a ascensão social ou mesmo a construção de uma vida digna.

“A fome atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã. O mundo está cada vez mais desigual. Os dez maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade”, disse.

“O destino de cada criança que nasce nesse planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe. A parte do mundo em que vivem seus pais e a classe social à qual pertence sua família irão determinar se essa criança terá ou não oportunidades ao longo da vida, se irá fazer todas as refeições ou se terá negado o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar diariamente. Se terá acesso à saúde ou se irá sucumbir a doenças que já podiam ter sido erradicadas. Se completará os estudos e conseguirá um emprego de qualidade ou se fará parte da legião de desempregados, subempregados ou desalentados que não para de crescer. É preciso, antes de tudo, vencer a resignação que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural. Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo”, sustentou.

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