General Braga Netto manteve contato com lobistas enquanto integrava governo de Bolsonaro
O ex-ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, manteve, enquanto era comandante da pasta no governo de Jair Bolsonaro, contato com lobistas e intermediários ligados a empresas suspeitas de corrupção no caso da compra de coletes balísticos durante a intervenção militar do Rio de Janeiro.
Os investigadores relataram à Justiça encontros e conversas telefônicas que implicam Braga Netto com alguns alvos da operação. O relatório policial cita também um jantar na casa do general, em Brasília, em março de 2020. As apurações da Polícia Federal apontam que Braga Netto mantinha um contato social frequente com alguns dos investigados, que se valiam desta proximidade para vender facilidades e acesso ao militar.
A PF deu início na manhã desta terça-feira (12) à Operação Perfídia, com o objetivo de investigar alegadas irregularidades no uso dos recursos destinados à intervenção federal no Rio de Janeiro, que totalizou R$ 1,2 bilhão. O general Walter Souza Braga Netto, nomeado como interventor, está sendo investigado e teve seu sigilo telefônico quebrado por ordem judicial.
A investigação da PF está centrada em suspeitas de crimes como contratação irregular, dispensa ilegal de licitação, corrupção e formação de organização criminosa relacionados à contratação da empresa norte-americana CTU Security LLC para a compra de 9.360 coletes balísticos a um preço elevado.
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