Boric diz ter “infinito carinho” por Lula, mas rebate críticas

 

 

O presidente chileno, Gabriel Boric, respondeu às críticas recebidas durante uma entrevista coletiva em Bruxelas, onde foi chamado de “apressado” e “sequioso” pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Boric reafirmou seu “respeito infinito” e “muito carinho” por Lula, mas manteve sua condenação à posição russa na Ucrânia, segundo reporta o jornal O Globo.

“Eu tenho um respeito infinito e muito carinho por Lula. Mas se me perguntam: ‘você quer que a guerra acabe?’. Sim, eu quero que acabe a guerra, e creio que temos que ser muito claros em dizer que estamos em uma guerra de agressão inaceitável”, afirmou Boric ao ser questionado pelos jornalistas sobre a declaração do presidente brasileiro.

Anteriormente, Lula havia sido questionado sobre a posição de Boric em relação à guerra na Ucrânia. Enquanto o presidente brasileiro tem tentado manter uma postura de neutralidade no conflito, o líder chileno tem condenado repetidamente a posição russa. “Eu não tenho porque concordar com o Boric, é uma opinião dele. Foi extraordinária a reunião. Provavelmente a falta de costume de participar dessas reuniões faz com que um jovem seja mais sequioso, mais apressado, mas as coisas acontecem assim”, afirmou Lula.

Questionado sobre como se sentia após a declaração de Lula e a suposta falta de experiência política indicada pelo presidente brasileiro para justificar a posição de Boric, o presidente chileno afirmou não se sentir ofendido. “Não me sinto ofendido. Sinto-me muito tranquilo”, disse Boric. “Tive a oportunidade de conversar com ele [Lula] e tenho a melhor impressão. Creio que somos da mesma família política. Hoje em dia podemos ter matizes quanto a isso, mas a posição do Chile é uma posição de princípios.”

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Rafael Andrade

Rafael Andrade