Em grupo de Whatsapp, Bolsonaro chama de “vergonha” provas que podem levar a sua cassação

 

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao Partido Liberal (PL), expressou sua indignação em uma mensagem enviada a um grupo de parlamentares no WhatsApp, chamando de “vergonha” o uso da minuta golpista encontrada na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, como prova contra ele na ação que busca sua inelegibilidade até 2030 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo reportagem de Victoria Azevedo e Marianna Holanda, na Folha de S. Paulo.

Além disso, Bolsonaro apontou um “claro conflito de interesse” na atuação dos ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares, membros do TSE, e defendeu que eles se declarem impedidos de julgar seu caso. Essas declarações foram feitas em um grupo de WhatsApp criado pelo ex-presidente no último dia 20, dois dias antes do início do julgamento no TSE, e composto por deputados do PL.

Procurada para comentar o assunto, a assessoria de Bolsonaro afirmou que o grupo foi criado para transmitir mensagens à sua base de apoio e já foi desfeito. A assessoria também ressaltou que o ex-presidente não emitiu opiniões sobre os temas em questão.

Denominado “PL Deputados”, o grupo possui 81 membros, sendo que apenas Bolsonaro tem permissão para enviar mensagens, pois é o único administrador. A Folha de S.Paulo confirmou que o celular utilizado pertence ao ex-presidente, e relatos indicam que foi ele próprio quem iniciou a criação do grupo.

Na quinta-feira (22), Bolsonaro enviou aos deputados um vídeo contendo um trecho da sustentação oral de seu advogado, Tarcísio Vieira de Carvalho, durante o julgamento. Na mensagem, o ex-presidente escreveu: “Sustentação oral. Inelegibilidade de Bolsonaro. Documento apócrifo. Estado de Defesa. Vergonha como prova…”.

Bolsonaro tem expressado seu desejo de se manter ativo na política e o partido espera que ele participe mais ativamente das discussões diárias dos diretórios e realize viagens semanais, mesmo que seus direitos políticos sejam eventualmente cassados pelo tribunal. Ele já esteve presente no Senado duas vezes este ano.

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Rafael Andrade

Rafael Andrade