CMN define meta de inflação em 3% para 2026 e altera regime para meta contínua

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta tarde manter as metas de inflação de 2024 e 2025 em 3%, com tolerância para o descumprimento de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O mesmo patamar de 3% e intervalo de 1,5 p.p. foi definido para a inflação de 2026. Como esperado, o colegiado formado pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e pelo Banco Central mudou o padrão para um regime contínuo a partir de 2015, abandonando o modelo de ano calendário para o horizonte alvo da política monetária.

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Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a mudança já vinha sendo comentada e ele já havia demonstrado simpatia por adotar o novo padrão. “Adotaremos a meta contínua a partir de 2025 e decidimos manter a meta à luz dos indicadores econômicos. Os indicadores de preços vêm demonstrando uma queda acentuada. E decidimos manter para 2026 os 3%, com 1,5 p.p. de intervalo”, afirmou.

Haddad disse ainda que a mudança do ano-calendário é fundamental para o futuro do país, para além dessa data. “O que significa dizer que o Brasil vai estar em sintonia com praticamente todos os outros países do mundo que adotam o regime de metas de inflação. Uma modernização necessária”, comentou.

A decisão de fazer a alteração apenas em 2025 foi tomada, segundo o ministro, porque o mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto se encerra no final de 2024.

O ministro disse ainda que espera uma redução da taxa de juros em breve. “Por tudo que está acontecendo, há uma grande expectativa da área econômica do governo de que, a partir de agosto, nós tenhamos cortes consistentes das taxas de juros, em virtude do fato de que os indicadores todos estão demonstrando convergência e uma preocupação muito grande com o resultado do crescimento econômico a partir do ano que vem”, disse.

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Roberto de Lira

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