Bolsonaro depõe em inquérito que apura fraude em cartões de vacina

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depõe na tarde desta terça-feira (16), em Brasília, no inquérito que apura um possível esquema que falsificou informações do cartão de vacinação dele e da filha mais nova, e a mesma documentação do ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, e familiares dele.

De acordo com a investigação, a inclusão dos dados falsos ocorreu entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. A fraude permitiu aos envolvidos burlar as regras sanitárias vigentes durante a pandemia de Covid-19, em viagens aos Estados Unidos.

Esse é o terceiro depoimento de Jair Bolsonaro desde seu retorno ao Brasil, no fim de março. Anteriormente, o ex-presidente, que não é alvo direto de qualquer investigação, depôs sobre as joias de R$ 16,5 milhões enviadas como presente pelo governo da Arábia Saudita e apreendidas pela Receita, e também prestou esclarecimentos por ter publicado um vídeo com informações falsas, que poderia ter incentivado os atos golpistas de 8 de janeiro.

Entre os pontos a serem abordados pelos agentes da PF nesta tarde, estão questões sobre o grau de envolvimento do ex-chefe do Executivo na alteração dos comprovantes de vacinação. Em declarações recentes à imprensa, Bolsonaro tem assumido que não se imunizou contra a Covid-19. Resta aos agentes entenderem, portanto, de que forma foram lançadas informações inverídicas que comprovam a vacinação do ex-presidente no sistema do Ministério da Saúde.

Operação Venire

Em 3 de maio, a PF deflagrou a operação Venire para apurar a atuação de uma suposta associação criminosa que atuava diretamente na falsificação das carteiras de vacinação enquanto sustentava o discurso contrário à vacina publicamente, amparado por posicionamento ideológico. O nome da operação deriva do princípio “Venire contra factum proprium” − ou seja, “vir contra seus próprios atos”.

Na operação foram cumpridos seis mandados de prisão, além de ordens de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro e em Brasília. Entre os presos está Mauro Cid e também o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que atuaram na segurança presidencial durante o mandato de Bolsonaro, e João Carlos de Sousa Brecha, secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ).

O ex-presidente Jair Bolsonaro não foi alvo direto da operação. Ele teve o celular apreendido e recolhido para ser periciado. No mesmo dia, ele deu uma declaração à imprensa afirmando que não havia recebido imunização.

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