MPPB investiga possível crime de racismo cometido por esposa de atleta do Botafogo da Paraíba


Catarinense Adriana Borba fez comentários irônicos sobre o sotaque, os costumes e o jeito de andar do paraibano. Promotora diz que casos de xenofobia são julgados como racismo. Ministério Público da Paraíba (MPPB) - Procuradoria-Geral de Justiça Krystine Carneiro/G1 O Ministério Público da Paraíba (MPPB) decidiu nesta quarta-feira (25) instaurar um procedimento para investigar possível crime de racismo cometido por uma mulher identificada por Adriana Borba, que é catarinense e noiva do jogador Léo Campos, do Botafogo da Paraíba. Uma dia antes, Adriana publicou uma série de vídeos curtos em seu perfil no Instagram em que fazia comentários irônicos sobre o sotaque, os costumes e o jeito de andar do paraibano. “A gente vai sozinho no mercado e não tem com quem rir, nem com quem debochar”, comentou ela, se referindo aos paraibanos que ela teria observado num supermercado. Ela chega a imitar o sotaque paraibano e se diz irritada com o arrastar dos pés das pessoas de João Pessoa. A investigação do MPPB vai ser realizada pela promotora de Justiça Liana Carvalho, do Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial (Gedir/MPPB). Liana Carvalho justifica sua decisão de instaurar o procedimento citando a Lei 7.716/1989, que trata do crime de racismo a determinado grupo ou coletividade. “A xenofobia, como parece ser o caso, é tratada por lei como racismo e processada como tal. Vamos instaurar procedimento e estudar como será a atribuição, se o caso ficará no MPPB ou se irá para o Ministério Público Federal”, ponderou a promotora. Depois da repercussão, a noiva do jogador tentou se justificar, dizendo que tudo não passou de uma “brincadeira”. As postagens dela viralizaram nas redes sociais e ela acabou encerrando a sua conta na rede social. O jogador Léo Campos também pediu desculpas. Vídeos mais assistidos da Paraíba
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