Morta pelo próprio pai, criança autista e deficiente visual é sepultada em JP

Asfixia e envenenamento podem ter sido as causas da morte

O corpo de Arthur Davi, de 11 anos, criança autista e com deficiência visual, foi sepultado nesta segunda-feira (3) em João Pessoa, sem velório, conforme decisão da família. O garoto foi morto pelo próprio pai, que reside em Florianópolis (SC), e a Polícia Civil investiga as circunstâncias do crime.

Segundo o perito Admar Roberto, do Instituto de Polícia Científica (IPC), o corpo de Arthur foi encontrado em uma cova rasa dentro de um saco plástico, sem roupas e sem marcas aparentes de agressão. A perícia apontou possibilidade de envenenamento ou asfixia, mas a dinâmica do crime ainda será detalhada. “A vítima estava sem vestes, numa cova rasa, medindo aproximadamente 20 cm de profundidade, com 65 cm de largura e 85 cm de comprimento. Não foi observada nenhuma marca no corpo. Possivelmente pode ter sido envenenada ou asfixiada”, explicou o perito.

O crime ocorreu em uma fábrica abandonada na região do bairro Colinas do Sul, na zona sul da capital. O pai da criança, separado da mãe, chegou a pegar o filho para passar alguns dias com ele, com a intenção de levá-lo para Florianópolis. Segundo o delegado Bruno Victor Germano, o homem ligou para a ex-companheira confessando o assassinato e informou o local onde enterrou o corpo.

O suspeito se entregou à polícia em Florianópolis e permanece preso. A Justiça de Santa Catarina analisa a transferência dele para a Paraíba, enquanto a Polícia Civil investiga o motivo do crime e se houve participação de outras pessoas.

Redação

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