Acidentes de moto crescem mais de 30% no 1º semestre de 2025 em Campina Grande
Colisões laterais, frontais, com objetos fixos, com outros veículos; derrapagens, tombamentos e capotagens. O Hospital de Trauma de Campina vem registrando aumento em todos os tipos de atendimentos. Mas um tipo de atendimento vem causando mais preocupação: as vítimas de acidentes de moto.
O Trauma registrou o aumento maior que 30% no número de atendimentos a vítimas de acidentes de moto no primeiro semestre de 2025. Foram mais de 6,3 mil pacientes nesse período, contra 4,8 mil em 2024.

O número é quase o dobro dos atendimentos relacionados a acidentes de motocicleta, que somaram 6.453 no mesmo período.
Em toda a Paraíba, em 2024, foram registrados 12.991 atendimentos a vítimas de trânsito, com 859 mortes. Foram 250 óbitos só no Sertão do estado.
Também em todo o estado, apenas no primeiro semestre de 2025, já foram 8.112 ocorrências, sendo 407 mortes. Delas, 110 no Sertão.
Um relatório da Polícia Rodoviária Federal realizado em Campina Grande e região, em aproximadamente 500 quilômetros de rodovias, aponta que motociclistas são os mais afetados nos acidentes de trânsito.
O estudo mostra que cidades como Queimadas, Lagoa Seca e Alagoa Nova registraram 56% dos acidentes com motos. E as BRs 104 e 230 concentram o maior número de ocorrências. Entre 2006 e 2022, o número de motocicletas cresceu 9,9%, enquanto o de automóveis caiu mais de 11%.
Custos para o sistema de saúde
Além das vidas impactadas, os acidentes de moto também representam altos custos para o sistema público.
O diretor do Hospital de Trauma, Sebastião Viana, explica que uma diária em enfermaria custa cerca de R$ 700 e, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o valor chega a R$ 1.900.
Segundo as autoridades, as causas comuns são erro humano que incluem distração, imprudência, álcool; condições da via (piso escorregadio), além de falha do veículo e comportamentos de risco como o uso indevido do corredor e o excesso de velocidade.
Redação