Sem novas provas, MPPB recomenda manutenção do arquivamento do caso Ana Sophia
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) recomendou a manutenção do arquivamento do inquérito que investigava o desaparecimento e morte da menina Ana Sophia, na cidade de Bananeiras. Durante entrevista à rádio CBN Paraíba nesta terça-feira (22), o promotor Edmilson de Campos Leite Filho afirmou que não existem novos elementos novos que justifiquem a retomada das investigações.
“Nós nos compadecemos com essa situação, com toda essa angustia, por que passa a família de Ana Sophia. Com toda essa inquietude, que com certeza está na mente e na alma dos pais. Até porque nós também somos pais. Não há nenhum fato novo que autorize a retomada da investigação do caso. Em linhas gerais, o que nós temos é que não se encontrou o corpo da criança, apesar das inúmeras tentativas para fazer essa localização”, afirmou o promotor.
A investigação do caso, que ocorreu no distrito de Roma, na cidade localizada no Brejo paraibano, foi encerrada pela Polícia Civil após a morte do principal suspeito, Tiago Fontes. O inquérito apresentado pela polícia civil revelou que a menina de 8 anos foi vítima de um crime premeditado e com motivação sexual.
Apesar da comoção do caso em toda a Paraíba, o corpo da criança nunca foi localizado. O fato motivou o pedido dos pais pela reabertura do caso, mas segundo o Ministério Público não existem novas provas.
“Em relação aos fatos novos que a defesa procura levantar, não há, se não, fatos já investigados. Ou seja, nenhum fato pode ser qualificado como novo. Os fatos já foram o objeto de investigação, tanto pela polícia judiciária, como pelo Ministério Público”, alegou Edmilson de Campos.
Segundo ele, o prazo para a defesa apresentar recursos contra a decisão que homologou o arquivamento já havia expirado. “Quanto ao recurso da decisão que o homologou o arquivamento, nós também podemos dizer que precluíam os prazos, os familiares perderam o prazo para recorrer dessa decisão. Então, nós não temos porquê retomar esse caso e investiga-lo. Ele já foi excessivamente esclarecido”, concluiu.
O corpo do acusado de praticar o crime foi encontrado meses depois uma área de mata na própria cidade de Bananeiras. O celular dele também havia sido localizado. As investigações apontaram que ele havia realizado pesquisas sobre decomposição de corpo humano e sobre detalhes periciais em relação a outros crimes.
Novas buscas por Ana Sophia foram realizadas na região onde o corpo dele foi encontrado, mas ela nunca foi localizada.
PB Agora