Com 62% de casos resolvidos, Paraíba bate recorde de elucidação de homicídios em 2025
Pela primeira vez, o estado da Paraíba atingiu 62% na elucidação de inquéritos policiais que apuram Mortes Violentas Intencionais (MVIs), que são os homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais. O estudo é com base no primeiro bimestre do ano 2025.
O levantamento de elucidação de MVIs na Paraíba teve início no ano de 2013, quando a Polícia Civil registrou, nos 12 meses daquele ano, 38% de elucidação desses crimes. Nos anos seguintes, os percentuais foram de 43% (2014), 45% (2015), 51% (2016), 51% (2017), 49% (2018), 51% (2019), 35% (2020), 37% (2021), 44% (2022), 53% (2023) e 59% (2024).
“Nos primeiros dois meses de 2025, período já concluído por nossa Unidade de Estatística, alcançamos o índice de 62% de elucidação, uma marca histórica desde que este trabalho de análises estatísticas foi implantado. É um avanço considerável, principalmente diante da média nacional desse indicador, que gira em torno de 35% a 38%”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil paraibana, André Rabelo.
Referência nacional
O Instituto Sou da Paz (ISP), de São Paulo, defende que o Brasil crie um Indicador Nacional de Esclarecimento de Homicídios, já que os critérios de ‘elucidação’ desses crimes ficam a cargo de cada estado.
E na avaliação do ISP, a Polícia Civil da Paraíba detém um dos modelos mais consistentes de aferição dessas elucidações, a ponto de a PCPB ter sido mencionada em revista produzida pelo Sou da Paz, em 2024, como “exemplo” a ser seguido.
“O Instituto Sou da Paz lança o relatório Boas Práticas na Melhoria da Investigação de Homicídios: A Experiência da Paraíba que mostra como isso é possível. O documento é a sistematização do que a organização vem desenvolvendo com o governo da Paraíba no intuito de aprimorar os procedimentos de investigação deste tipo de crime no estado, servindo de guia para que outros locais adaptem e apliquem as ações de melhoria na elucidação dos homicídios”, publicou o Instituto.
Redação