Combate ao comércio ilegal de animais silvestres em cativeiro aumentou 58% na PB

Em entrevista à imprensa paraibana o capitão Wellington Aragão, chefe da Fiscalização Ambiental da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) da Paraíba, comentou sobre os resultados dos trabalhos da superintendência para com o combate ao comercio ilegal de animais silvestres no estado. Segundo ele, as infrações ambientais por manter animais silvestres em cativeiro, feitas pela Sudema da Paraíba, até outubro deste ano, já superaram em 58% os registros do ano passado. Em 2024, já foram 255 somente nos 10 primeiros meses do ano, enquanto em todo o ano de 2023, foram 161 infrações do tipo.

Ainda de acordo com o capitão, as principais vítimas desse crime ambiental são as aves silvestres. “As pessoas compram, mas não sabem que esses pássaros passam por um tráfico cruel antes de chegar às suas casas. A estatística demonstra que, a cada 10 animais traficados, oito deles morrem no transporte”, afirmou Aragão, destacando também que boa parte das ações da superintendência juntamente com o Batalhão de Polícia Ambiental se concentra nas feiras livres.

“Nas apreensões, pegamos muito canário-da-terra, galo-de- -campina, papa-capim, caboclinho, golado — chamado de coleira na região paraibana. São as [espécies] que realmente vendem muito”, contou Aragão. De acordo com o chefe da Fiscalização da Sudema, também ocorre apreensão de aves de outras regiões, mas não é a maioria, porque boa parte morre no caminho. “A gente percebe que infelizmente, no estado da Paraíba, a cultura da criação de animal em cativeiro é muito forte. Essa cultura gera o comércio ilegal de animais”, disse Wellington ao finalizar que a pessoa que for pega comercializando animais silvestres, além de responder criminalmente por manter o animal silvestre em cativeiro, o autor também responde um processo administrativo estadual que pode resultar em multa de cerca de R$ 500.

Redação

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