Dia Mundial de Combate à Dor é comemorado em outubro
Médico da dor Humberto Arcoverde fala sobre as doenças mais comuns e como tratar problemas crônicos. Praticar exercícios físicos ajuda a evitar surgimento de dores crônicas Freepik. Conhecido como mês de conscientização sobre o câncer de mama, outubro reserva outra pauta muito importante. Nesta terça-feira (17), celebra-se o Dia Mundial de Combate à Dor. O assunto é uma questão de saúde pública: estima-se que entre 20% a 40% da população mundial sofre com dores crônicas em algum momento da vida. No Brasil, cerca de 37% dos habitantes já foram diagnosticados com o problema. O médico Humberto Arcoverde, especialista no tratamento da dor, explica que há fatores claros para diferenciar as dores crônicas e agudas. "A dor aguda é mais intensa e está relacionada a um sintoma de que algo aconteceu com nosso corpo, como se ele estivesse sendo ferido de alguma forma. Essa dor desaparece com o tempo de cicatrização de um ferimento ou cura de uma doença. Já a dor crônica é uma dor que perdura por semanas ou mesmo após a resolução de algum quadro clínico", aponta. O especialista orienta que pacientes fiquem atentos aos sinais enviados pelo próprio organismo. "Quando a dor não passa com o uso de analgésicos simples, como o paracetamol e a dipirona, e se tornam constantes, inclusive na forma de choque, queimação ou formigamento, é hora de procurar um médico", alerta. Conforme o especialista, as dores crônicas mais comuns são enxaquecas, lombalgias, artroses, neuropatia diabética, fibromialgia e doenças ocupacionais (relacionadas ao trabalho). O médico aponta que algumas dessas doenças podem surgir em qualquer fase da vida, enquanto outras são mais comuns em determinadas faixas etárias. "Dos 29 aos 55 anos, geralmente surgem as doenças ocupacionais, causadas por lesões por esforço repetitivo e má postura. Em um segundo momento, ocorrem as dores degenerativas, causadas por artroses e deteriorações na coluna", detalha. Além disso, ainda existem as dores crônicas relacionadas ao câncer e ao diabetes. "O paciente não deve se culpar pelo aparecimento da dor crônica. É necessário que o foco seja voltado a hábitos que evitem ou minimizem as dores, como a prática de exercício físico e fisioterapia, a manutenção do peso na faixa saudável e uma alimentação balanceada. Também é recomendado que o paciente não fume, nem consuma bebidas alcoólicas", ressalta Humberto. Ele ainda destaca que, em muitos casos, é importante procurar um especialista em dor para fazer um tratamento ainda mais amplo e resgatar a qualidade de vida do paciente. "Quando a dor se torna crônica, existem métodos medicamentosos que demandam todo cuidado e um médico especialista no tratamento da dor sabe iniciar os tratamentos de forma efetiva, evitando os efeitos colaterais, valendo-se de uma polifarmácia analgésica. Utilizamos procedimentos minimamente invasivos e da neuromodulação", argumenta. O tratamento de dores crônicas pode incluir diversas técnicas, como infiltrações guiadas por USG ou raio-x e procedimentos venosos ou com radiofrequência. "São tratamentos minimamente invasivos, que ajudam, aliviam, controlam e reabilitam pacientes. Alguns deles sem cortes, fora do ambiente cirúrgico", arremata o médico. Mais dúvidas sobre o tratamento das dores crônicas podem podem ser esclarecidas no WhatsApp (83) 99400-3535, no Instagram ou site, clicando aqui. Humberto Arcoverde Viana Coelho - CRM-PB 7598