Conflito em Israel: paraibana divulga vídeos do abrigo antibombas onde se protegeu do ataque; assista


Tânia Cunha, de 59 anos, fez aniversário em meio ao conflito. disse que nunca vai esquecer os dias que viveu no país e relembrou os momentos de tensão. Paraibana divulga detalhes do abrigo onde se protegeu de ataque em Israel A enfermeira paraibana Tânia Cunha, que estava em Jerusalém, em Israel, quando estourou o conflito com o Hamas, no último sábado (7), divulgou imagens do abrigo antibombas em que se protegeu no hotel onde estava hospedada. Tânia chegou na Paraíba na quarta-feira (11), e revelou detalhes do local onde estava com outros brasileiros, em meio a tensão da guerra. Um dos vídeos mostra o caminho da entrada para o bunker, como são chamados os abrigos antibombas. Tânia, que tem 59 anos, filmou o corredor e a entrada do abrigo, um dos três que existem no hotel onde ela estava em Jerusalém. Outra imagem mostra um grupo de pessoas em um momento de oração. Segundo a enfermeira, além das orações, as pessoas que estavam abrigadas também receberam orientações de como se proteger do conflito. Paraibana que estava em Israel contou que orações eram feitas dentro de abrigo antibombas em subsolo de hotel em Jerusalém Tânia Cunha/Acervo pessoal Já na Paraíba, ela conversou com o g1 e falou sobre como foi a expectativa de volta para casa. Tânia estava com um grupo de brasileiros em uma excursão. “Foram dias difíceis. Nós tivemos três dias bem complicados e só vivenciando é que a gente tem ideia da dimensão do que se passa com a guerra”, afirmou Tânia Cunha. A paraibana também relembrou a tensão de estar no país e escutar as sirenes de guerra. “Você está sentada com os amigos e de repente toca uma sirene, você tem que procurar abrigo no hotel. A nossa sorte é que o hotel já dispunha de abrigo. Vivenciar essas coisas…acho que nunca vou esquecer”, afirmou. Duas paraibanas chegam em Brasília no avião que resgatou brasileiros em Israel LEIA TAMBÉM: Entenda o conflito entre Israel e Palestina O que é o Hamas, grupo islâmico que ataca Israel Tânia estava há uma semana em Israel e embarcou nesta segunda-feira (10) de Tel Aviv, capital do país, até Brasília. A mulher chegou ao Brasil por volta das 4 horas da manhã e desembarcou no Aeroporto Castro Pinto, em João Pessoa, às 11 horas. A paraibana só planejava sair de Israel na quinta-feira (12) e seguiria para Portugal, mas preferiu retornar ao Brasil. A mulher veio em um voo de repatriação do Governo Brasileiro, acompanhada de uma outra paraibana, que preferiu seguir para o Rio de Janeiro antes de retornar à Paraíba. Além de Tânia, outra paraibana chegou no primeiro voo de repatriação de brasileiros que estavam em Israel. Uma terceira paraibana também já saiu da zona de conflito e está na Jordânia, aguardando um voo para o Brasil, que deve pousar em São Paulo na sexta-feira (13). O vice-prefeito de Sousa, no Sertão, e a esposa dele, também estavam no país quando começou a guerra, e conseguiram voltar ainda no sábado. De acordo com o Secretário Executivo da Representação Institucional da Paraíba, Adauto Fernandes, uma sexta paraibana, de João Pessoa, foi identificada em Israel. É uma estudante de mestrado que trabalha e mora em Tel Aviv, onde estava desde 29 de setembro. Ela deve voltar ao Brasil no terceiro voo da Força Aérea Brasileira (FAB), na sexta-feira (13). Adauto informou ainda, nesta quinta-feira (12), que o Governo da Paraíba entrou em contato com a embaixada de Israel no Brasil e solicitou informações sobre os paraibanos que viajaram ao país nos últimos 60 dias com objetivo de continuar tentando identificar pessoas em Israel. Entenda o conflito O conflito entre Israel e Palestina se estende há décadas. Em sua forma moderna remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina sob mandato britânico. Israel foi proclamado no ano seguinte. Desde então, há uma disputa por território. Desde então, vários acordos já tentaram estabelecer a paz no território, mas sem sucesso. Neste sábado, um ataque surpresa do movimento islâmico armado Hamas em Israel deixou o país em estado de guerra. Prédio pega fogo após ser atingido por foguete em Tel Aviv, Israel, em 7 de outubro de 2023 REUTERS/Itai Ron Segundo um alto comandante militar do Hamas, 5 mil foguetes foram lançados contra o país do Oriente Médio. Sirenes de avisos de bombardeios foram relatadas em várias regiões de Israel, incluindo Jerusalém. Há registros de edifícios danificados em Tel Aviv e em outras cidades. O Hamas ainda divulgou imagens mostrando o que seria um tanque israelense destruído. Em ataque de represália, os israelenses atacaram Gaza. Eles destruíram um prédio de 11 andares, a Torre Palestina. No começo da noite [pelo horário local], o Hamas voltou a atacar. Dessa vez, disparou mísseis contra a cidade israelense de Tel Aviv. O que é o Hamas? Pessoas observam destruição na Faixa de Gaza após bombardeios israelenses em reação a ataque do Hamas no dia 7 de outubro de 2023 Mohammed Abed/AFP O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo como um todo, ou em alguns casos sua ala militar, é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais. O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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