Quatro mulheres são vítimas de feminicídio em quatro dias na Paraíba
Crimes foram registrados entre a sexta-feira (6) e esta segunda-feira (9) em João Pessoa, Bayeux e Guarabira. Quatro mulheres são vítimas de feminicídio em quatro dias na Paraíba PMPB/Divulgação A Paraíba registrou quatro feminicídios em quatro dias. Os crimes aconteceram entre a sexta-feira (6) e esta segunda-feira (9) em João Pessoa, Bayeux e Guarabira. Autoridades seguem investigando os casos. Cerca de 11 medidas protetivas foram solicitadas por dia na Paraíba em 2022 Mais de 40 mulheres foram assassinadas de janeiro a agosto de 2023 De acordo com a delegada Sileide Azevedo, responsável pela coordenação das Delegacias da Mulher, a Polícia Civil está trabalhando sempre que toma conhecimento dos casos e que o estado pretende expandir as unidades especializadas. “Buscamos dar resposta aos autores e para a sociedade, de que estamos atentos e que nós como coordenação da deam, buscamos intensificar as políticas públicas de proteção às mulheres”, afirmou em entrevista à TV Cabo Branco. Ainda segundo a delegada, os suspeitos dos casos registrados nos últimos dias foram presos em flagrante delito e já passaram ou devem passar por audiência de custódia. O primeiro feminicídio foi registrado na sexta-feira (6), no bairro de Paratibe, na zona sul de João Pessoa, quando uma mulher, ainda não identificada, foi morta a tiros. O suspeito foi levado para a Central de Polícia da capital paraibana para prestar depoimento, e diante das várias versões apresentadas, ele foi preso. Outro feminicídio ocorreu na madrugada do sábado (7). Uma mulher de 53 anos foi morta com golpes de faca pelo marido, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito confessou o crime e foi conduzido para a Central de Polícia. Ainda segundo a PM, o suspeito estava cumprindo pena em regime semiaberto por um outro homicídio que aconteceu em outra ocasião. Já no final da tarde do domingo, em Bayeux, na Grande João Pessoa, uma mulher de 41 anos, identificada como Lidijane Maria da Conceição, foi morta com um tiro na cabeça. A Polícia Militar, ao chegar no local, encontrou a mulher caída em uma das suítes da casa e o companheiro dela, Marcos Antônio Alves Veras de Lima, com quem tinham um relacionamento a cerca de seis meses, foi preso. Em depoimento, o suspeito afirmou que eles tiveram uma discussão. Ele foi encaminhado para a carceragem da Central de Polícia de João Pessoa e passou por audiência de custódia, nesta segunda-feira (9), na qual o juiz converteu a prisão em flagrante para preventiva. E na tarde desta segunda-feira (9), uma mulher de 31 anos foi morta com golpes de faca pelo esposo. A vítima identificada como Márcia Freire de Andrade tinha cinco filhos de relacionamentos anteriores e estava grávida do sexto. Filhos da vítima presenciaram o crime. A polícia infomou que Natalino da Silva de Oliveira já tinha sido condenado a uma pena de 6 anos por ter praticado uma tentativa de feminicídio contra a ex-companheira, e estava em liberdade condicional. O homem foi levado para o Hospital Regional de Guarabira sob custódia após tentar tirar a própria vida. A delegada Sileide também destaca a importância de atenção aos sinais e outras violências que antecedem os feminicídios, como ofensas verbais, ameaças, empurrões e puxões de cabelo. Quando nós pensamos em feminicídio, nós estamos diante da última violência praticada contra mulher, mas essa violência é precedida de outras formas de violência, alerta a delegada. Como denunciar Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones: 197 (Disque Denúncia da Polícia Civil) 180 (Central de Atendimento à Mulher) 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar - em casos de emergência) Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e iOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail. As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba