Desembargador manda soltar viúva suspeita pela morte de delegado envenenado em Campina Grande
Decisão do desembargador Fred Coutinho, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), determinou a soltura da viúva do delegado de Polícia Civil Paulo Bertrand Medeiros de Carvalho, que estava presa preventivamente desde o dia 7 de julho. A suspeita é apontada como responsável pela morte do delegado por envenenamento, em um caso que ocorreu no ano de 2021, em Campina Grande.
A decisão do desembargador atende a um pedido da defesa, que argumentou que ela possui bons antecedentes e que sua liberdade não representa riscos para a instrução criminal. O magistrado impôs medidas cautelares a serem cumpridas, incluindo a proibição de se ausentar da comarca por mais de cinco dias sem autorização judicial.
O delegado Paulo Bertrand foi encontrado morto em sua residência no bairro do Catolé, em março de 2021. Inicialmente, a versão divulgada era de que a morte teria sido causada por um enfarto. No entanto, o filho da vítima suspeitou da rapidez com que a esposa e a enteada buscavam obter a certidão de óbito, bem como da aparente frieza com que lidaram com o falecimento. Por essa razão, ele solicitou à Polícia Civil a realização da necropsia do corpo do pai.
O exame revelou que o delegado havia sido envenenado com “chumbinho”, um veneno para ratos. Em depoimento à polícia, as mulheres afirmaram que não estavam presentes na residência durante a morte de Paulo Bertrand, alegando que estavam em um clube. No entanto, as investigações indicaram que elas não estiveram no estabelecimento naquele dia e, após o envenenamento, permaneceram em casa.
O Ministério Público, na denúncia, aponta que o crime foi motivado pela intenção da acusada de obter uma pensão de alto valor após a morte do marido.
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