Caso Rafaela Ingrid: suspeito de matar jovem por estrangulamento é preso, na PB
Suspeito já havia sido detido anteriormente pela polícia, mas foi solto. Nesta terça-feira ele foi preso na cidade de Sapé, na Paraíba. Rafaela Ingrid tinha 18 anos e sumiu após sair da casa da namorada, em João Pessoa; dias depois, foi encontrada morta com sinais de violência Reprodução/TV Cabo Branco Foi preso nesta terça-feira (18) o homem suspeito de ter assassinado a jovem Rafaela Ingrid, de 18 anos, de acordo com informações da Polícia Civil. O suspeito não teve o nome revelado, mas de acordo com a delegada Flávia Assad, o homem preso é o mesmo que já havia sido detido no dia em que o corpo da jovem foi encontrado. Na ocasião, ele foi ouvido por ter sido a última pessoa vista ao lado de Rafaela, mas foi liberado em seguida. O homem foi encaminhado nesta terça para a Central de Polícia Civil, em João Pessoa. O corpo de Rafaela foi localizado por ciclistas que passavam perto do local e sentiram um cheiro forte no dia 2 de abril. Ela já estava desaparecida há quatro dias. A Polícia Militar foi acionada e localizou o corpo durante as diligências. Familiares de Rafaela, que também moram na mesma região, fez o reconhecimento. Um exame realizado no corpo da jovem confirmou que ela foi morta por estrangulamento. O suspeito, que é natural da cidade de Gurinhém, foi detido no dia 2 de abril, e apresentava vários arranhões pelo próprio corpo – alguns cicatrizados. Pessoas da comunidade onde os dois moravam tentaram linchar o jovem. Ele foi ouvido pela Polícia Civil e liberado. Entenda o caso No domingo (2 de abril), o corpo de Rafaela foi localizado por ciclistas que passavam perto de um matagal no Portal do Sol e sentiram um cheiro forte no local. O grupo acabou acionando a Polícia Militar, que posteriormente encontrou o corpo da jovem durante inspeção. Familiares da vítima, que moram na mesma região do matagal, reconheceram o corpo. De acordo com o perito do Instituto de Polícia Científica (IPC), Aldenir Lins, o corpo da mulher já estava em estado avançado de decomposição. Segundo ele, a provável causa da morte teria sido enforcamento, já que a cabeça da vítima tinha um saco plástico envolvendo a cabeça. Dois dias depois, a causa da morta foi confirmada. Além disso, também conforme o perito, dado estado de decomposição do cadáver a indicação é de que a morte tenha ocorrido provavelmente no amanhecer da quinta-feira (30). A investigação do crime teve início na sexta-feira (31) quando houve o registro do desaparecimento de Rafaela Ingrid. A Polícia Civil também informou à época que o desaparecimento no matagal do Portal do Sol aconteceu horas depois da jovem ter saído da casa da própria namorada, no bairro dos Bancários. Na segunda-feira (3), a Polícia Civil iniciou o levantamento de possíveis imagens de circuitos de câmera instalados na região onde o corpo foi encontrado, para tentar identificar pessoas que indiquem a autoria do crime. Rafaela teria sumido desde a quarta-feira (29), após sair da casa da namorada localizada no bairro dos Bancários. Ela foi vista pela última vez com o homem de 24 anos, que mora na mesma comunidade da vítima, e que chegou a ser preso como suspeito. Segundo o delegado Giovani Giacomelli, ambos se conheceram apenas três dias antes do crime. A Polícia Militar informou à época que na noite do desaparecimento, o suspeito saiu de casa e só retornou perto do amanhecer da quinta-feira (30). Também segundo as investigações, ele teria sido a última pessoa com quem Rafaela teria se comunicado, por volta de 1h da quinta. Jovem relatou que não queria voltar para casa Rafaela chorou e relatou na escola em que estudava que não queria voltar para casa. A informação foi revelada pela diretora da unidade escolar da jovem em entrevista à TV Cabo Branco na segunda-feira (3). De acordo com Lígia Fernandes, a diretora da escola municipal que a jovem frequentava, no bairro dos Bancários, Rafaela estava abalada e não queria voltar para a própria casa, na quarta-feira (29). “Ela me procurou na direção, sentou comigo, desabafou, chorou muito… Na conversa orientei ela que ela buscasse ajuda e que ela pudesse encontrar um local para passar a noite, porque ela estava sem querer voltar pra casa. Perguntei se ela queria conversar com psicólogo e ela disse ‘quero não, porque é obrigação da minha família ajudar’. Disse a ela ‘tome água, vá no banheiro, lave o rosto’… Ela voltou para a sala e assistiu aula normalmente”, disse a diretora. Na quinta, a jovem não retornou às aulas na unidade. A diretora também disse que ajudou da forma que pôde e que sempre incentivou Rafaela a concluir os estudos. Ela cursava o 9º ano do Ensino Fundamental, e estava fora da faixa correta para a idade. “O que eu pude fazer para ajudá-la eu fiz… E eu queria que ela terminasse pelo menos o 9º ano para ver se ela tinha algum futuro pra frente”, disse à época. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba